Informações do Blog do Jamildo/JC

Pesquisa eleitoral divulgada nesta segunda-feira (28) pela Simplex Consultoria mostra Raquel Lyra (PSDB) liderando a corrida pelo Governo de Pernambuco. Marília Arraes, esnobada pelo PT, lidera a intenção de voto ao Senado.

Raquel Lyra é prefeita de Caruaru e vem se movimentando pelo estado junto com o movimento Levanta Pernambuco. Armando Monteiro (PSDB), seu possível candidato ao Senado, pode fortalecer sua chapa, uma vez que o ex-senador está em segundo lugar na intenção de voto na corrida pela Câmara Alta.

Veja a intenção de voto ao Governo de Pernambuco

Raquel Lyra (PSDB): 18,99%

Miguel Coelho (UB): 9,92%

Anderson Ferreira (PL): 9,44%

Danilo Cabral (PSB): 5,07%

Clarissa Tércio (PSC): 4,20%

João Arnaldo (PSOL): 1,29%

Jones Manoel (PCB): 0,25%

Branco, nulo ou nenhum: 30,44%

Não sabe ou não respondeu: 20,40%

A pesquisa confirma a expectativa de fortalecimento de Raquel Lyra num cenário sem Humberto Costa (PT-PE). O senador, que chegou a lançar sua pré-candidatura e a retirou em nome da aliança com o PSB de Danilo Cabral, liderava com folga na pesquisa Vox Populi, que mostrava a prefeita de Caruaru em segundo lugar.

O deputado federal, escolhido por Paulo Câmara (PSB) para a missão de manter o Governo de Pernambuco sob a gestão do Partido Socialista, não apresenta números animadores e marca aproximadamente 5% nas pesquisas. A expectativa é que, ao ter sua imagem atrelada à Lula, sua pontuação melhore.

Enquanto isso, Marília Arraes é confirmada como nome mais forte ao Senado. A petista, porém, vem enfrentando dificuldades no próprio partido, que vem exigindo do PSB a candidatura ao Senado como forma de compensar o espaço aberto aos aliados na disputa pelo Governo. A vaga na Câmara alta é objeto de desejo de Lula (PT).

A deputada federal não tem espaço e Carlos Veras deve ser escolhido como o candidato do partido ao Senado. O parlamentar, na pesquisa, não atinge 1% da intenção de voto. Marília, porém, pode se movimentar e mudar de partido, desembarcando no PSOL.

Confira a intenção de voto ao Senado em Pernambuco:

Marília Arraes (PT): 14,2%

Armando Monteiro (PSDB): 7,53%

Anderson Ferreira (PL): 6,25%

Gilson Machado: 2,85%

Daniel Coelho (Cidadania): 2,76%

Wolney Queiroz (PDT): 2,26%

André de Paula (PSD): 1,87%

Silvio Costa Filho (Republicanos): 1,29%

Eduardo da Fonte (PP): 0,56%

Carlos Veras (PT): 0,54%

Odacy Amorim (PP): 0,29%

Eugênia Lima (PSOL): 0,22%

Branco, nulo ou nenhum: 31,97%

Não sabe ou não respondeu: 25,80%

Faltam pouco mais de cinco meses para que a população brasileira conheça as candidaturas oficiais, as coligações e federações partidárias que vão disputar a eleição de outubro. Embora a data limite seja 15 de agosto, partidos estão autorizados pela Justiça Eleitoral a realizar definições a partir de 20 de julho.

Cláudio Humberto, colunista em O Diário do Poder, lembra bem: convenientemente, o recesso parlamentar do Congresso Nacional começa dia 17 de julho.

As pesquisas até apontam um momento bom de Raquel Lyra quanto a intenções de voto, mas o palanque da tucana tá cada dia mais complicado de compor. Antes ela contava com Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão dos Guararapes, para ser candidato a Senador numa possível chapa sua, mas isso mudou de figura desde que o partido dele, o PL, o obrigou [e isso é uma imposição de Bolsonaro ao partido para poder ingressar nele] a assumir o palanque bolsonarista e a pré-candidatura ao Governo de Pernambuco.

Outro nomes que são ventilados, como Daniel Coelho, do Cidadania, estão mais inclinados a buscarem reeleições aos mandatos parlamentares, como é o caso do citado, ao invés de assumirem candidaturas complicadas como de Mendonça Filho e Bruno Araújo na chapa de Armando Monteiro, quando não conseguiram se eleger, mas eram tidos como favoritíssimo se tivessem tentado se reelegerem em seus mandatos de deputado federal. Sendo assim, surge o nome do próprio Armando, derrotado em 2014 e 2018 pelo PSB de Paulo Câmara. Ele ainda não sabe se vai.

Uma situação especulada nos bastidores seria a possível desistência de Raquel e seu apoio a Miguel, sendo candidato ao Senador na chapa do petrolinense. Por enquanto o tudo não passa de mera especulação, embora cada dia que passa Miguel avance mais no sentido de apoios em várias regiões, inclusive o Agreste – reduto dos Lyra. Do outro lado o grupo de Anderson pouco se movimentou, o que vai isolando o possível palanque apenas com bolsonaristas, se bem que ainda há tempo para mudanças significativas.

Resta saber se a federação com União Brasil, MDB e PSDB sai e se ela surge apenas de olho nas candidaturas proporcionais ou se dará direcionamento também na disputa para presidente, possivelmente apoiando Dória, e se Bivar – presidente do União, colocará como prioridade em Pernambuco a candidatura de Miguel.

O caldeirão das candidaturas oposicionistas no estado está fervendo e muitos ingredientes devem ser ainda adicionados, o que não se sabe é se tocada à muitas mãos esta iguaria ficará salgada ou insossa ao final.

Temendo não serem reeleitos, caso não haja entendimento do PSB com PT, PCdoB e PV para formação de uma federação, parlamentares do PSB já cogitam deixar a legenda. O partido conta atualmente com 30 deputados na Câmara Federal e o que se comenta é que 10 destes podem mudar de sigla. Segundo o Blog Cenário, entre este estão Júlio Delgado e Aliel Machado.

A pressão é para que uma decisão seja tomada antes que se feche a chamada “janela partidária” que vai De 3 de março a 1º de abril, quando os parlamentares poderão mudar de casa. Se debandarem, o PSB perde força nas negociações de aliança.