Uma ONG comandada por dois filiados históricos do PT concentra R$ 640,1 milhões – 85% do orçamento total do programa de cisternas do Ministério do Desenvolvimento Social, chefiado por Wellington Dias (PT). Segundo o jornal O Globo, a Associação Um Milhão de Cisternas para o Semiárido (P1MC) se tornou a principal executora do projeto federal, levantando suspeitas sobre favorecimento político.
Enquanto o governo Lula tenta empurrar para a gestão Bolsonaro o caos nos Correios e os escândalos envolvendo descontos indevidos em aposentadorias, a realidade é bem outra. As entidades beneficiadas com os desvios milionários têm, em sua maioria, ligações históricas com o PT e a esquerda sindical. A omissão da AGU em não bloquear bens de organizações como a Contag e o Sindnapi revela um preocupante padrão de blindagem política e seletividade na responsabilização.
A Polícia Federal (PF) ampliou as investigações sobre o escândalo conhecido como “farra do INSS” e passou a apurar empréstimos consignados suspeitos, realizados sem autorização de aposentados e pensionistas. A nova frente da investigação aponta que parte dos valores liberados via Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode ter sido desviada por meio de fraudes em operações de crédito.
Em um fato que chama a atenção não apenas pelo conteúdo, mas por quem está divulgando, o jornal O Globo — tradicionalmente visto como alinhado aos governos petistas e palco da célebre frase dita por William Bonner a Lula em 2022, “o senhor não deve nada à Justiça” — trouxe à tona denúncias graves envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, diretamente, o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), entidade em que Frei Chico, irmão de Lula, ocupa o cargo de vice-presidente.
O prefeito de Pesqueira, Cacique Marcos Xukuru (Republicanos), foi acusado pelo MPPE de receber R$ 77 mil e uma Hilux de empresários favorecidos em suposto esquema de corrupção. Segundo denúncia obtida pelo Diario de Pernambuco, ele e outras 12 pessoas viraram réus por organização criminosa, fraude em licitações e desvio de mais de R$ 15,7 milhões entre 2021 e 2022.
Em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, foi implementada uma medida provisória destinada a proteger aposentados e pensionistas do INSS contra fraudes e descontos abusivos realizados por sindicatos e associações. A iniciativa impôs regras rígidas, exigindo autorização expressa dos beneficiários para qualquer desconto em folha, e se mostrou um avanço importante na defesa dos direitos dos mais vulneráveis.
A revogação de uma medida provisória editada em 2019 para combater fraudes contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está no centro dos recentes escândalos investigados pela Polícia Federal. A regra, sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro, visava restringir descontos automáticos em folha feitos por sindicatos e associações, prática que gerava prejuízos e armadilhas financeiras para beneficiários vulneráveis.
Desde o início do governo Lula (PT), representantes dos ministérios da Previdência Social, do Desenvolvimento Social e do INSS participaram de ao menos 15 reuniões com entidades investigadas por fraudes em benefícios previdenciários. As organizações são suspeitas de envolvimento no desvio de R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões, conforme apuração da operação “Sem Desconto”, da Polícia Federal.
A recente auditoria aberta pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o prejuízo de R$ 17,7 bilhões da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, reacende preocupações sobre a gestão dos fundos de pensão durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT). O atual presidente da Previ, João Luiz Fukunaga, ex-sindicalista ligado ao PT, é alvo de investigação por suposto conflito de interesses, ao ocupar simultaneamente cargos na Previ e no conselho de administração da Vale S.A., empresa na qual o fundo possui investimentos significativos.
