Na terra do olho puxado e do dragão milenar, quem roubou a cena não foi um panda gigante, mas sim um mapa mundi apresentado pela ex-presidente Dilma Rousseff, agora presidente do Banco dos Brics. Durante um evento na China, na última terça-feira (13), Dilma exibiu orgulhosamente o que foi batizado de “mapa invertido” — uma ousada representação geográfica onde o Brasil aparece no centro do mundo… literalmente de cabeça pra baixo.
Ao lado do presidente do IBGE, Márcio Pochmann — conhecido por traçar novos rumos estatísticos e agora também geográficos — Dilma mostrou o mapa como quem revela um troféu. E de certa forma era: uma encomenda que massageia o ego dos patriotas de esquerda e reposiciona o país com a pompa que os petistas sonham — de preferência, acima da linha do Equador e do bem e do mal.
A proposta, segundo o IBGE, é destacar o protagonismo do Sul Global, dos BRICS, do Mercosul, da Língua Portuguesa, da Amazônia e, se der tempo, da feijoada de sábado. Mas o que ninguém esperava era que a iniciativa fosse dar um verdadeiro looping na web, com o Brasil aparecendo no topo do mapa, só que de cabeça pra baixo — ou como disse um internauta: “O Brasil subiu, mas tropeçou no Norte.”
Não é a primeira vez que Dilma protagoniza um momento cartograficamente peculiar. Após frases imortalizadas como “ninguém vai ganhar ou perder, vai todo mundo perder” e “a mulher sapiens”, agora temos: “O mundo está mudando — e nós também mudamos o lado de cima”.
Segundo especialistas em geopolítica e memes, o mapa tem uma função simbólica: desafiar a velha visão eurocêntrica. Mas convenhamos, colocar o Brasil de ponta-cabeça só reforça o que muitos já sentem na pele: às vezes, parece mesmo que a gente vive num país onde tudo está virado.
Pochmann justificou dizendo que o objetivo é “ressaltar a posição atual de liderança do Brasil”. Aparentemente, até a gravidade cedeu espaço à diplomacia. Em nota, o IBGE garantiu que não é um erro, mas uma “nova perspectiva” — uma expressão que poderia muito bem servir para justificar qualquer reunião que começa às 18h e termina às 23h com um PowerPoint e pão de queijo.
A reação internacional? Ainda tímida. Mas se depender da internet, o novo mapa já está em votação para substituir a rosa dos ventos por uma estrela vermelha giratória. Afinal, se o mundo está de cabeça para baixo, por que não aproveitar e fazer um giro de 180 graus na realidade?
Enquanto isso, Dilma segue firme no seu novo papel: desorientando bússolas, confundindo hemisférios e garantindo que o Brasil, pelo menos no papel, está no topo do mundo — nem que seja de cabeça pra baixo.