O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou à Justiça Giselda da Silva Andrade, de 30 anos, pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e tortura contra Arthur, uma criança de apenas dois anos, morta em fevereiro deste ano em Tabira, Sertão do Pajeú. O caso gerou forte comoção e revolta na população local.
A denúncia foi formalizada após análise do inquérito policial, que apontou agressões físicas constantes, privação de cuidados básicos e violência sexual. A causa da morte foi asfixia mecânica e traumatismo craniano, revelando a crueldade dos atos praticados. A Promotoria classificou o crime como hediondo.
Arthur vivia sob os cuidados de Giselda e seu companheiro, Antônio Lopes Severo, conhecido como Frajola, enquanto a mãe do menino residia fora do estado. Testemunhas relataram que a criança sofria maus-tratos sistemáticos, com castigos físicos severos e injustificáveis.
Após o crime, o casal fugiu para a zona rural de Carnaíba. No momento da prisão, a população interceptou a viatura policial e linchou Antônio. A tragédia deixou a cidade de Tabira abalada e reacendeu discussões sobre a proteção da infância e a responsabilização por crimes bárbaros.