O consignado para trabalhadores do setor privado, lançado pelo governo Lula, tem sido alvo de críticas por apresentar juros acima da média. Enquanto o Banco Central aponta uma taxa de 2,91% ao mês em fevereiro, simulações no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital indicam custos efetivos próximos a 6%.
O ministro Fernando Haddad afirma que os bancos públicos operam com taxas de 2,5% ao mês, mas o programa ainda está em fase inicial e com baixa concorrência, o que pressiona os juros para cima.
A expectativa do governo é que, com a adesão de mais bancos, os juros se aproximem da média do consignado tradicional, beneficiando mais trabalhadores. Ainda assim, a diferença atual preocupa e afasta usuários.
A comparação mais justa, segundo especialistas, seria com o crédito pessoal não consignado, cuja média é de 5,93% ao mês. Enquanto isso, servidores públicos e aposentados seguem com taxas menores, entre 1,75% e 1,82%.