A divulgação recente dos dados de alfabetização no Brasil escancara a fragilidade da educação básica sob o governo Lula. Segundo o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), apenas 49,3% dos alunos do 2º ano do ensino fundamental estavam alfabetizados em 2023 — ou seja, mais da metade das crianças brasileiras nessa etapa não sabem ler e escrever corretamente. Diante do dado alarmante, a primeira reação do governo petista foi esconder os números.
A tentativa de substituir o Saeb por um índice alternativo — o Criança Alfabetizada —, criado com base em avaliações estaduais mais brandas, soa mais como uma manobra de marketing do que um esforço genuíno por diagnóstico e correção de rumos. Segundo esse índice, 56% dos alunos estariam alfabetizados, resultado convenientemente mais positivo. O problema: metodologias diferentes, margens de erro elevadas e pouca transparência. A ocultação inicial dos dados do Saeb reforça o velho vício lulopetista de mascarar a realidade em vez de enfrentá-la.
O governo que se orgulha de ser o “defensor da educação” fracassa justamente no pilar mais elementar: garantir que as crianças aprendam a ler e escrever. E pior: joga dúvidas sobre a credibilidade dos próprios dados públicos. Não adianta financiar propagandas e slogans se a base da educação está comprometida. O Brasil precisa de resultados reais, não de indicadores fabricados para encobrir o fracasso. A alfabetização é urgente — e o governo, ausente.