Em seu artigo intitulado “O STF matou a lei”, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 26 de março de 2025, o jornalista J.R. Guzzo critica veementemente a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que a Corte tem se desviado de sua função primordial de aplicar a justiça de forma imparcial. Guzzo aponta que o STF tem assumido um papel político, interferindo em questões que, segundo ele, deveriam ser resolvidas pelo Poder Legislativo.
O jornalista destaca que ministros do STF, como Luís Roberto Barroso, afirmam que o tribunal não é mais um “órgão técnico”, mas sim um “poder político” em ascensão. Essa mudança de postura, segundo Guzzo, compromete a imparcialidade e a essência da justiça, transformando o STF em um órgão que decide o que é “bom para a sociedade” com base em critérios políticos, e não jurídicos.
Guzzo também critica o processo movido contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado. Ele argumenta que não há provas materiais sólidas que sustentem as acusações e que o julgamento possui caráter político, com ministros que já manifestaram publicamente oposição a Bolsonaro, comprometendo a imparcialidade do processo.
O artigo ressalta que o STF está impondo ao Brasil uma situação contrária à natureza das coisas, comparando a atuação da Corte à de uma torre de controle de aeroporto que, além de coordenar decolagens e aterrissagens, decide sobre políticas de preço das companhias aéreas. Essa analogia busca ilustrar a inadequação do STF ao extrapolar suas funções constitucionais.
Em suma, J.R. Guzzo alerta para os riscos de um Judiciário que ultrapassa seus limites constitucionais, assumindo funções políticas e comprometendo a justiça imparcial. Ele enfatiza a necessidade de preservar a separação entre os poderes e de manter o STF focado em sua missão de garantir a aplicação correta das leis, sem interferências políticas.