Em sua coluna na Revista Oeste, Roberto Motta critica o Estado brasileiro por, segundo ele, priorizar a defesa de criminosos através da “Bandidos do Brasil S.A.” — a “Bandidobras”. Ele destaca o lançamento do programa “pena justa”, que visa melhorar as condições dos presídios, suavizar o cumprimento das penas e até criar cotas obrigatórias de recrutamento de criminosos por empresas que prestam serviço ao governo.
Motta argumenta que, enquanto o governo deveria melhorar as condições das favelas, onde vive boa parte do povo, as favelas brasileiras foram entregues ao controle das facções do narcotráfico. O Estado também teria entregado às mesmas facções o controle dos presídios, levantando a questão sobre quem realmente controla o Estado.
O colunista aponta que, entre 2003 e 2016, período em que o PT ocupou o governo federal, diversas leis foram aprovadas para descriminalizar condutas e criar benefícios para quem comete crimes. Apesar disso, o número de criminosos presos triplicou, passando de 240 mil para 720 mil, enquanto os índices de criminalidade aumentaram significativamente, com 875 mil pessoas assassinadas no país nesse período.
Motta conclui que a suavização da legislação penal serviu como um estímulo aos criminosos, resultando em um aumento tanto no número de crimes quanto de presos. Ele critica a priorização de investimentos em eventos como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, em vez de melhorias no sistema penitenciário e nas comunidades carentes.
A coluna de Roberto Motta provoca reflexões sobre as políticas públicas de segurança e a necessidade de um equilíbrio entre direitos humanos e a proteção da sociedade. O debate sobre a eficácia das leis penais e a gestão do sistema prisional permanece central na busca por soluções para a violência no Brasil.