A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que apura possíveis irregularidades na cota de gênero do Partido Solidariedade, em Serra Talhada, teve novos desdobramentos nesta semana. O juiz da 71ª Zona Eleitoral concedeu à coligação majoritária Por Amor a Serra Talhada um prazo de dois dias para apresentar réplica ao processo, o que foi cumprido na madrugada de 13 de fevereiro de 2025. A denúncia questiona se houve candidaturas fictícias para cumprir a cota mínima de mulheres, beneficiando a eleição da vereadora Juliana Tenório.
O Solidariedade nega as acusações, alegando que as candidatas participaram regularmente da disputa e que a baixa votação pode ser atribuída a fatores comuns a estreantes na política. No entanto, além da suspeita de fraude, o partido enfrenta questionamentos sobre a prestação de contas da campanha, que, segundo o sistema da Justiça Eleitoral, não teria sido devidamente encerrada. O juiz pode solicitar um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) antes de decidir sobre o caso.
Caso a fraude seja confirmada, o Solidariedade pode ter sua chapa anulada, alterando a configuração da Câmara Municipal. Partidos como Podemos e Republicanos podem ser beneficiados, com suplentes bem posicionados, como Vandinho da Saúde (Podemos) e Nailson Gomes e Vera Gama (Republicanos), disputando as vagas remanescentes.
Que se faça justiça!