O Primeiro Comando da Capital (PCC), maior organização criminosa do Brasil, ampliou sua influência para 24 Estados e o Distrito Federal, superando a presença da rede McDonald’s, que está em 23 Estados e no Distrito Federal. O levantamento faz parte do Mapa das Organizações Criminosas de 2024, divulgado pelo Ministério da Justiça. Apesar da expansão, o PCC ainda não domina o Rio Grande do Sul nem o Rio de Janeiro, territórios sob forte influência do Comando Vermelho.
Dados que impressionam
Desde sua fundação em 1993, em Taubaté (SP), o PCC consolidou-se como uma estrutura organizada e lucrativa. Sua principal fonte de receita provém do tráfico de drogas, mas o grupo também atua em roubos de carga, assaltos a bancos e sequestros. Em São Paulo, estima-se que a facção controle cerca de 90% das penitenciárias, com um contingente de aproximadamente 10 mil membros. Além disso, sua atuação internacional alcança países como Bolívia, Paraguai e Colômbia.
Comparativo inusitado
A expansão territorial do PCC chama atenção ao ser comparada com a presença do McDonald’s no Brasil. A rede de fast-food, que chegou ao país em 1979, é um ícone do setor, com cerca de mil restaurantes e 50 mil funcionários. Apesar disso, o McDonald’s está ausente em três Estados: Acre, Amapá e Roraima. Em 2023, a rede registrou faturamento de US$ 25,5 bilhões (R$ 155 bilhões), consolidando-se como a segunda maior empresa do setor em valor de mercado, atrás apenas da Starbucks.
Estrutura corporativa e influência
A expansão do PCC não se limita ao território brasileiro. Suas operações em países vizinhos são regidas por diretrizes internas que lembram modelos corporativos. As ramificações estrangeiras contribuem financeiramente para a organização e mantêm um funcionamento estruturado, evidenciando a sofisticação de suas atividades.
Enquanto o McDonald’s representa uma história de expansão comercial, o PCC reflete os desafios sociais e de segurança que o Brasil enfrenta. Ambos os casos demonstram a capacidade de criação e sustentação de redes complexas, embora em contextos diametralmente opostos.