Porteiros de escolas municipais protestaram nesta quarta-feira na Praça Barão do Pajeú, no centro de Serra Talhada, reivindicando o pagamento pontual de seus salários. Os funcionários que deveriam receber até o dia 10, têm recebido com atrasos frequentes, apenas por volta do dia 25 de cada mês e isso vem ocorrendo desde o ano passado.
Além do atraso salarial, os trabalhadores denunciam acúmulo de funções, atuando também como vigilantes e realizando horas extras sem pagamentos adicionais. A Rádio Cultura FM conversou com Adivânio, um dos protestantes sobre a situação, que falou sobre as condições de trabalho:
“O que está acontecendo, pessoal, é um verdadeiro descaso com a gente. Desde o ano passado, em 2023, estamos enfrentando a mesma situação. Pagam ao mundo todo e nós ficamos sem receber. Quando recebemos, já é quase no mês seguinte. Não recebemos hora extra, adicional noturno, insalubridade, nada.
Trabalhamos em área de risco, mas somos porteiros, não vigilantes, e mesmo assim estamos assumindo outra função sem receber por isso. E ninguém se importa conosco. A empresa se pronuncia. Dizem que estão resolvendo, mas até agora nada. E, todo mês, a situação só piora.
Nos prometemos um vale-alimentação de R$ 300, mas receberemos apenas R$ 150, quando vem. A cesta básica também é muito inferior ao que foi prometido. Em outras empresas, recebem tudo no prazo, mas nós, não. É chato ter que ficar mandando mensagem, pedindo resposta.
Então, eu e minha equipe decidiram paralisar de vez. Só vamos voltar ao trabalho quando recebermos o que é nosso. Espero que tenham responsabilidade com a gente, porque até agora não foi mostrado isso. Já estamos nessa empresa há um ano e dez meses, e é sempre a mesma coisa.
Estamos paralisando hoje. Já tentamos outras vezes, mas muitos colegas têm medo de perder o serviço e acabam desistindo. Com isso, só nós acabamos prejudicados.”