Por Paulo Capelli do Metrópoles
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para trocar sete parlamentares na Câmara dos Deputados. Baseados na mudança de entendimento sobre o cálculo das sobras eleitorais, votaram a favor das substituições, em julgamento virtual, os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Kassio Nunes, Flávio Duno, Dias Toffoli e Cristiano Zanin.
Apesar de o ministro André Mendonça ter pedido destaque, o tema da troca de sete parlamentares na Câmara dos Deputados será novamente pautado no plenário do STF. Mesmo com a “zeragem” da votação inicial, os seis ministros que votaram a favor da substituição deverão manter seus votos.
A mudança na composição da Câmara deve beneficiar o governo Lula, com a entrada de mais parlamentares alinhados ao Planalto. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, planeja pautar o tema no segundo semestre.
Os deputados que devem perder os mandatos são: Silvia Waiãpi (PL-AP), Sonize Barbosa (PL-AP), Goreth (PDT-AP), Augusto Pupiu (MDB-AP), Lázaro Botelho (PP-TO), Gilvan Máximo (Republicanos-DF) e Lebrão (União Brasil-RO). Eles serão substituídosl, respectivamente, por: Aline Gurgel (Republicanos-AP), Paulo Lemos (PSol-AP), André Abdon (PP-AP), Professora Marcivania (PCdoB-AP), Tiago Dimas (Podemos-TO), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Rafael Fera (Podemos-RO).
Anteriormente, o STF havia entendido que a mudança no cálculo das sobras não alteraria a configuração dos eleitos em 2022. Agora, a maioria da Corte decidiu que a alteração deve valer já para a atual legislatura.