A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (26), um aumento na conta de luz em Pernambuco. Em média, o reajuste é de 18,98% e passa a vigorar a partir da sexta-feira (29).
A mudança afeta cerca de 3,8 milhões de clientes no estado, segundo a Neoenergia Pernambuco.
Para residências, o aumento é de 18,5%. No consumo de baixa tensão, que inclui a maioria dos clientes, com exceção das casas, o aumento é de 18,97%. O reajuste para os consumidores de alta tensão, como indústrias e comércio médio e de grande porte, é de 19,01%.
Com os novos valores, o quilowatt-hora (kWh) aumentou de R$ 0,619 para R$ 0,74. Com isso, um consumidor que gastava R$ 100 com a conta de luz da própria casa, por exemplo, vai ter que pagar R$ 118,50 pelo mesmo volume de energia elétrica.
De acordo com a Neoenergia Pernambuco, o valor solicitado de reajuste foi de 18,98%, em média, por causa da escassez hídrica registrada em 2021, com redução histórica do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, que elevaram os custos para geração de energia.
Além disso, por causa da crise hídrica, o Brasil acionou termelétricas de reserva, que têm custo mais elevado para geração de energia.
A concessionária afirmou que, do percentual total do reajuste, 4,53% são referentes à Neoenergia Pernambuco. O restante tem relação com os custos de produção.
No dia 16 de abril, o governo federal antecipou o fim da bandeira de escassez hídrica, a chamada “bandeira preta”, que estabelecia uma cobrança extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.
Com isso, mesmo com o aumento do preço da energia, deve haver uma redução média de 3,4% nas contas, segundo a Neoenergia.
Ainda de acordo com a Neoenergia, 39,5% do valor da conta são usados para pagar os custos com a compra e transmissão de energia.
Impostos correspondem a 37,7% e a parte do valor que fica com a concessionária é de 22,7%. Esses recursos são utilizados para custear operação, manutenção, administração do serviço e investimentos.