A novela sobre o reajuste do Piso Nacional do Magistério em Serra Talhada continua no ar com contornos dramáticos para o docentes, é claro. Pressionado, o governo municipal se reuniu na última sexta-feira (8) com os vereadores e entregou o Projeto de Lei Complementar Nº 017/2022, que prevê a aplicação do “piso nacional como início de carreira, com revisão dos percentuais de progressão de carreira, que de acordo com o tempo e titulação, passará a respeitar os índices de 1,5% a cada cinco anos e 3,5% por titulação”, diz o texto.
O governo trabalha com a ideia de que a CMST – Câmara Municipal de Vereadores de Serra Talhada, aprove o projeto neste mês e que seja iniciado o pagamento [parcelado] dos retroativos a janeiro.
Com indignação, foi assim que o Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Serra Talhada recebeu a proposta da gestão Márcia Conrado. O Presidente, Júnior Moraes não titubeou: “Essa aberração não pode ser aprovada. Num trecho de uma nota enviada à imprensa, Moraes diz que “foi com imensa indignação que tomamos conhecimento, por meio da imprensa, da decisão tomada pela prefeita Márcia Conrado de retirar direitos conquistados com muita luta pelos trabalhadores e trabalhadoras da educação”.
O sindicato afirma ainda que a prefeita escondeu da população detalhes do projeto, fazendo parecer algo bom para a categoria quando na verdade não deixa claro “a possibilidade de acabar com a carreira da categoria e não garantir reajuste aos demais trabalhadores em educação, quais sejam: Agente Administrativo, Auxiliar de Serviço Gerais, Auxiliar de Creche, Motorista, Merendeiras”, diz outro trecho.
Depois de lamentar que a gestão Márcia Conrado tenha abandonado as negociações e enviado um projeto sem mostrar nenhum respeito a categoria dos professores, a direção do SINTEST diz que não vai desistir: “Vamos ocupar a Câmara Municipal e pressionar os vereadores para que tal aberração não seja aprovada. Os servidores da educação merecem respeito!”.

Na semana passada, após recusar proposta do governo de reajuste do piso do professores, tanto o SINTESTE, Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Serra Talhada, quanto a APROST – Associação dos Professores de Serra Talhada, decidiram pelo Estado de Greve como maneira de forçar uma negociação com a gestão de Márcia Conrado.