A Unafisco Nacional, associação que representa os auditores fiscais da Receita Federal, declarou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é “corresponsável” pela greve da categoria, iniciada em novembro de 2024. Segundo a entidade, Haddad teria priorizado outras áreas do governo e ignorado os pleitos da Receita, agravando a insatisfação da classe. O movimento grevista, que já dura meses, afeta diretamente a arrecadação federal e a liberação de cargas no comércio exterior.
Com adesão maciça dos delegados regionais, a paralisação suspendeu atividades essenciais, como fiscalizações e julgamentos no Carf, bloqueando bilhões de reais em transações tributárias. A associação afirma que o tratamento diferenciado dado à Procuradoria da Fazenda Nacional, que recebeu reajustes salariais, enquanto os auditores tiveram vencimentos congelados, foi o estopim da crise. O impacto já é visível: atrasos de até 30 dias na liberação de cargas e retenção de mais de 500 mil remessas.