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Dólar fecha abaixo de R$ 5 pela primeira vez em mais de um ano

 

Influenciado pela perspectiva de aumento de juros no Brasil e pelo cenário internacional, o dólar fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez em mais de um ano. A bolsa de valores recuperou-se no fim da tarde, mas encerrou o dia com leve queda.

O dólar comercial fechou esta terça-feira (22) vendido a R$ 4,966, com recuo de R$ 0,057 (-1,13%). A cotação chegou a iniciar o dia em alta, mas reverteu o movimento e passou a operar em queda livre no fim da manhã.

A moeda norte-americana está no menor nível desde 10 de junho de 2020, quando estava em R$ 4,936. A divisa acumula queda de 4,95% em junho. No ano, a queda chega a 4,29%.

O otimismo no câmbio contrastou com o mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 128.767 pontos, com recuo de 0,38%. O indicador chegou a cair 1,1% durante a manhã, mas recuperou-se durante a tarde.

A divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central contribuiu para a queda do dólar. O documento indicou que a autoridade monetária pode acelerar a alta de juros no Brasil, caso a inflação continue alta. Juros mais altos estimulam a entrada de capitais em países emergentes, diminuindo a pressão sobre o câmbio.

Paralelamente, a perspectiva de um aperto mais intenso na política monetária afeta a bolsa. Com a alta da taxa Selic, os juros básicos da economia, os investidores se sentem estimulados a tirar recursos da bolsa e voltar a aplicar em renda fixa, que oferece menos riscos que o mercado de ações.

O dólar também caiu no exterior após declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). Em apresentação a deputados norte-americanos, ele disse que a inflação na maior economia do planeta é transitória e que o Fed não pensa em retirar tão cedo as medidas de estímulo para recuperar os Estados Unidos da crise gerada pela pandemia de covid-19.

Informações da Agência Reuters

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Governo Federal zera impostos sobre o gás de cozinha, mas Estados não abrem mão

 

A batalha política no País não tem limites e tudo é possível, desde que isso possa desgastar o opositor. Um dos temas mais usados para o embate político é o preços dos combustíveis e do gás de cozinha. Em março o governo do presidente Jair Bolsonaro zerou os impostos sobre o do, mas o produto não sofreu uma redução de preço significativa porque os governadores, por sua vez, não acompanharam a atitude do presidente e pior, sequer diminuíram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)

Pelos cálculos da Petrobras, a participação da companhia representa 47% do preço, a distribuição e revenda fica com 35%; o ICMS estadual fica com 15% e a tributação federal, ficava com apenas 3%. Logo, quem tem margem para reduzir impostos e tornar o produto mais acessível são os governos estaduais, que não abrem mão e, muitas vezes, repõem a retirada de impostos federais, fazendo o consumidor final culpar sempre o governo federal.

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Confira como ficam atividades e serviços com a flexibilização de restrições no Sertão de PE

 

Pernambuco entra, na próxima segunda-feira (21), em uma nova fase das restrições do Plano de Convivência com a Covid-19.

O Governo do Estado divulgou nessa quinta-feira (17), que a rede pública zerou a fila de espera por leitos de terapia intensiva e os números da pandemia apresentam estabilidade, apesar de alta.

O cenário epidemiológico, portanto, permitiu a nova flexibilização de atividades e serviços. As regras serão válidas até, pelo menos, 4 de julho.

Entre as principais alterações no plano, a liberação de cinemas, museus, eventos corporativos, atividades esportivas coletivas e individuais. Setores como comércio de praia e parques de diversão deverão ser regulamentados e fiscalizados pelos respectivos municípios.

Os horários da flexibilização também foram ampliados. A partir de segunda-feira, as atividades poderão funcionar até 22h durante a semana. Aos sábados, domingos e feriados, a flexibilização será até 21h.

As regras valem para cidades das regiões Macro I (RMR, Zona da Mata e Agreste), Macro II (Agreste) e Macro IV (Sertão).

Na Macro III (Sertão), que engloba as Gerências Regionais de Saúde com sedes em Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, as atividades econômicas poderão voltar a funcionar até 18h, tanto nos dias de semana como aos sábados, domingos e feriados, até 27 de junho.

Como ficam as atividades na Macro III (Sertão)

Academias e similares

50% da utilização dos aparelhos de cardio

Horário: até 18h em dias de semana e nos fins de semana e feriados

Serviços de alimentação

50% da capacidade do local

Horário: até 18h em dias de semana e nos fins de semana e feriados

Permanece proibida música ao vivo

Comércio varejista de bairro

1 cliente a cada 5 m² para área interna das lojas e 1 cliente a cada 10 m² nas áreas de circulação;

Horário: 8h às 18h nos dias de semana e 9h às 18h nos finais de semana e feriados.

Comércio varejista de centro

1 cliente a cada 5 m² para área interna das lojas e 1 cliente a cada 10 m² nas áreas de circulação

Horário: das 8h às 18h nos dias de semana e 9h às 18h nos semana e feriados

Praias, comércio de praia, ciclofaixas e calçadões

Serão objeto de regulamentação e fiscalização por cada município

Escolas e universidades

Manter o distanciamento de 1,5 m entre as bancas escolares, reduzindo a quantidade de estudantes quando necessário

Horário: 06h às 18h

Escritórios e comerciais

50% da capacidade do local considerando o distanciamento de 1,5 m entre as estações de trabalho

Horário: das 8h às 18h nos dias de semana e das 9h às 18h nos finais de semana e feriados

Feira de negócios

Horário: até 18h em dias de semana e em fins de semana e feriados

Igrejas e atividades religiosas

50% da capacidade do local ou 300 pessoas, o que for menor

Horário: até 18h em dias de semana e em fins de semana e feriados

Shoppings centers e galerias comerciais

1 cliente a cada 5 m² para área interna das lojas e 1 cliente a cada 10 m² nas áreas de circulação

Horário: até 18h nos dias de semana e nos finais de semana e feriados

Eventos corporativos

50 pessoas ou 30% da capacidade do local , o que for menor

Proibido música ao vivo

Horário: até 18h nos dias de semana e nos finais de semana e feriados

Eventos sociais e buffets

Permanecem vedados

Eventos culturais

Permanecem vedados

Colação de grau, aula da saudade e culto ecumênico

50 pessoas ou 30% dada capacidade do local, o que for menor

Horário: até 18h nos dias de semana e nos finais de semana e feriados

Proibido alimentos, bebidas e música ao vivo

Cinema, teatro e circo

100 pessoas ou 30% da capacidade do local, o que for menor

Horário: até 18h

Museus e demais equipamentos culturais

1 visitante a cada 20m² nas áreas expositivas internas e 1 visitante a cada 10m² nas áreas expositivas externas

Horário: até 18h nos dias de semana e nos finais de semana e feriados

Parques temáticos, aquáticos, jogos eletrônicos, itinerantes e similares

Serão objeto de regulamentação e fiscalização por cada município

Permanecem vedados shows

Parques infantis

Serão objeto de regulamentação e fiscalização por cada município

Atividades esportivas coletivas e individuais

Liberados a prática, treinamento e competições das modalidades esportivas coletivas e individuais em centros esportivos, clubes sociais e associações esportiva

Horário até 18h nos dias de semana e nos finais de semana e feriados

Sem show

Jogos de futebol profissional em estádios – sem público

Clubes sociais

Horário: até 18h nos dias de semana e nos finais

Proibido saunas

Cidades da Macro III

Geres VI

Arcoverde, Buíque, Custódia, Ibimirim, Inajá, Jatobá, Manari, Pedra, Petrolândia, Sertânia, Tacaratu, Tupanatinga, Venturosa

Geres V

Afogados da Ingazeira,Brejinho, Carnaíba, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Terezinha, São José do Egito, Solidão, Tabira, Tuparetama

Geres VI

Betânia, Calumbi, Carnaubeira da Penha, Flores, Floresta, Itacuruba, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte, Serra Talhada e Triunfo

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FPM: segunda parcela é antecipada para sexta-feira (18)

 

Os valores do segundo decêndio de junho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) serão creditados nas contas das prefeituras nesta sexta-feira (18) com um valor total de R$ 1.452 bilhões, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

O segundo decêndio de junho de 2021, comparado com o mesmo decêndio do ano anterior, apresentou um crescimento de 26,24% em termos nominais, sem considerar os efeitos da inflação. No acumulado deste mês, em relação ao mesmo período de 2020 o crescimento foi de 88,45%. O economista e especialista em Orçamento Público, César Lima, explicou os motivos desse crescimento.

“Ano passado, nessa época, estávamos com uma economia bem mais fechada, vários lockdowns mais abrangentes no Brasil. A atividade econômica realmente estava bem mais arrefecida. Esse ano já há uma melhoria na atividade econômica, e houve também o fator inflação, que pressionou bastante os preços.”

Mas segundo o especialista, os resultados referentes ao crescimento só poderão ser comprovados no próximo ano. “Nós só vamos conseguir comparar se houve um crescimento real da economia em 2022 (muito provavelmente já com uma população quase que completamente vacinada e uma normalidade da atividade econômica) com 2019, que é o período pré-pandemia. Por enquanto, 2020 e 2021 são pontos fora da curva, só que este ano apresenta uma melhora significativa em relação ao ano passado, por conta da atividade bem mais liberada em todos os estados”, explica.

Como é feito o cálculo do FPM?

O cálculo do FPM leva em conta um coeficiente, determinado com base na quantidade populacional de cada município, e o percentual de participação dos estados. Os coeficientes variam de 0,6 a 4,0.

Os municípios são divididos em três categorias: capitais, interior e reserva. As capitais dos estados e Brasília recebem 10% do FPM. Interior são os demais municípios brasileiros e representam 86,4% do FPM. Já os municípios de reserva são aqueles com população superior a 142.633 habitantes e recebem – além da participação como município de interior – uma cota adicional de 3,6% do fundo.

Alta do FPM

Os últimos repasses do Fundo têm apresentado crescimentos expressivos se comparados com anos anteriores. Apesar do país estar passando por desafios devido a pandemia da Covis-19, a economia apresenta sinais de recuperação a patamares de antes da pandemia.

No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) teve impacto negativo de 4,1%, maior redução desde 1996. Contudo, inicialmente, o Banco Mundial havia previsto retração de 8%, depois previu em -5%.

O Boletim Focus do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (14) indica que as projeções do mercado para o crescimento da economia nacional subiram de 4,36% para 4,85%. Com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as receitas federais cresceram em 4,30%, 18,49% e 45,22%, respectivamente, em fevereiro, março e abril. Isso significa uma arrecadação total de R$ 127,7 bilhões, R$ 137,9 bilhões e de R$ 156,822 bilhões.

Gastos com a pandemia impactam orçamento público nos últimos 12 meses

Comunicados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) divulgaram a soma da arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda (IR) em R$ 250,8 bilhões dos cinco primeiros meses – alta de 29,75% em comparação com os R$ 193,3 bilhões passados.

Segundo informações originadas da Receita Federal do Brasil (RFB) a melhora da arrecadação está relacionada ao aumento da compensação de débitos do IR e IPI, principalmente aqueles decorrentes a créditos de ação judicial, além das melhoras dos indicadores econômicos com as arrecadações citadas para o ano de 2021.

Em nota, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) destaca que por conta das medidas de enfrentamento a Covid-19 e do impacto delas, a instituição também analisa os valores repassados aos municípios em 2019. “Em maio foram transferidos R$ 33,1 bilhões em 2019; R$ 26,5 bilhões em 2020; e R$ 45,7 bilhões em 2021. Diante desse cenário, o FPM de 2021, até o primeiro decêndio de junho, apresenta um resultado muito superior ao esperado para o ano, com um crescimento superior a 31% de janeiro até o atual decêndio”.

A instituição acredita ainda que a compensação de débitos do IR e IPI foram o fator determinante para o resultado positivo, principalmente, por conta de créditos de ação judicial e pela melhora dos indicadores econômicos. “Recolhimentos fora de época impulsionaram a arrecadação, por causa de empresas que obtiveram lucros acima do previsto e tiveram de pagar a diferença”, sinaliza ainda o documento da CNM.

Foi por isso que o primeiro decêndio do FPM de junho foi 90,35% de toda a transferência que ocorreu em junho passado, explica a nota da entidade. O documento também apresenta uma previsão do fundo para os próximos meses, a partir dos dados divulgados pelo governo.

O FPM de Serra Talhada

A cidade de Serra Talhada, no Sertão pernambucano, receberá R$ 609.936,11.