Categoria: Absurdo
A AGU e um ‘erro administrativo’ de R$ 518 mil em manutenção de um único carro oficial
Conteúdo de O Antagonista
A Superintendência Regional de Administração da 1ª Região da Advocacia-Geral da União (AGU) pretende gastar 43 mil reais, por um período de um ano, com a manutenção de um único carro oficial – um Caoa Cherry Tiggo 8, motor 1.6 TDI, ano 2023.
O valor originário da manutenção, descrito no Diário Oficial da União, era de 518 mil reais conforme revelado por O Antagonista nesta sexta-feira, 7. No entanto, após a publicação da reportagem, a AGU argumentou que o valor semimilionário foi publicado no DOU por um “‘erro administrativo”, que será corrigido nas próximas edições do DOU.
A informação original ainda consta em um extrato de contrato publicado nesta sexta-feira, 7, no Diário Oficial da União. O acordo foi feito por meio de dispensa de licitação. E não houve, até o momento, publicação em edição extra para corrigir o equívoco inicial.
A manutenção do veículo oficial ficará a cargo da empresa Yellow Mountain Distribuidora de Veiculos Ltda. Nesse contrato, estão inclusos os “serviços mecânicos, elétricos, de lanternagem, pintura e capotaria entre outros, e, o fornecimento de materiais, peças e acessórios de reposição genuínos, e, ainda, lubrificantes destinados ao referido veículo”.
Em 2023, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis assinou contrato com a mesma empresa Yellow Mountain Distribuidora de Veiculos Ltda para a manutenção por 24 meses de um veículo com as mesmas características. Valor de contrato 1.069 reais.
O carro em questão é um ano 2022/2023 e está registrado em nome do Ministério da Justiça e da Segurança Pública conforme documentos obtidos por O Antagonista. O valor da tabela Fipe do carro é de 148 mil reais. Ou seja, por um ano de contrato, o governo federal está pagando três vezes mais que o valor do veículo usado na manutenção dele.
Após a publicação da reportagem, a AGU encaminhou a seguinte nota:
“O valor lançado no Diário Oficial da União (DOU) referente à contratação de serviço de manutenção de veículo oficial da Advocacia-Geral da União (AGU) é, na verdade, de R$ 43.201,20. Nesse valor estão incluídas cinco revisões programadas no valor de R$ 1.048,64 e um provisionamento de R$ 37.958,00, para manutenções corretivas no veículo, se necessárias. Por um erro administrativo, o extrato do contrato nº 1/2025 saiu com o valor de R$ 518. 414, 40. A área administrativa da AGU já encaminhou ao DOU a publicação de novo extrato contratual com o valor correto, tornando sem efeito o publicado anteriormente com a informação incorreta”
Como mostrou Crusoé no início do ano, nenhuma outra instituição foi mais instrumentalizada pelo governo Lula que a Advocacia-Geral da União, a AGU.
Não por acaso, Lula colocou para comandá-la um dos seus seguidores mais subservientes, Jorge Messias (foto), que ganhou fama nacional em 2016, quando levava um termo de posse para o petista, enviado por Dilma Rousseff.
Com Messias no comando da AGU, o órgão se tornou um tacape de Lula para atacar adversários diversos, alertou a Crusoé.
Vereadores pediram 23 vezes por obras em barreira que deslizou e matou mãe e filha no Recife
Entre 2021 e 2024, vereadores do Recife protocolaram pelo menos 23 requerimentos solicitando obras e vistorias na barreira da Rua Córrego da Bica, no bairro de Passarinho, Zona Norte da cidade. Esses pedidos buscavam prevenir deslizamentos e garantir a segurança dos moradores da área.
Apesar das solicitações, a barreira cedeu na madrugada de quinta-feira (6), resultando na morte de Maria da Conceição Braz de Melo, de 51 anos, e sua filha, Nikolle Keli Melo de Souza, de 23 anos. Moradores também haviam feito 136 pedidos para colocação de lonas plásticas.
A tragédia levanta questões sobre a responsabilidade do poder público em garantir a segurança da população, conforme previsto no Artigo 5º da Constituição Federal, que assegura a inviolabilidade do direito à vida e à segurança.
A falta de ações preventivas, mesmo diante de múltiplas solicitações, evidencia uma falha na proteção desses direitos fundamentais.
Prefeita de Serra Talhada terá salário maior que de capitais brasileiras
A recente aprovação de um aumento salarial de 76,5% para a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, elevando sua remuneração de R$ 17 mil para R$ 30 mil, tem gerado indignação e perplexidade. Essa decisão torna-se ainda mais questionável quando comparada aos salários de prefeitos de capitais brasileiras e ao contexto socioeconômico local.
Comparação com Capitais Brasileiras
Serra Talhada, com uma população de aproximadamente 92 mil habitantes, verá sua prefeita receber um salário próximo ao de prefeitos de grandes capitais. Por exemplo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, lidera a lista com R$ 38.039,38, seguido por Topazio Neto, de Florianópolis, com R$ 35.823,60, e Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, com R$ 35.608,27. É importante notar que essas capitais possuem populações e orçamentos significativamente superiores aos de Serra Talhada.
Discrepância Econômica e Social
O Produto Interno Bruto (PIB) per capita de Serra Talhada é de R$ 19,4 mil, abaixo da média estadual de R$ 22,8 mil. Além disso, a remuneração média dos trabalhadores formais no município é de R$ 2,1 mil, inferior à média do estado, que é de R$ 2,8 mil. Essa realidade econômica contrasta fortemente com o novo salário da prefeita, que será aproximadamente 14 vezes maior que a renda média dos trabalhadores locais.
Impacto na Percepção Pública
A aprovação desse reajuste em regime de urgência, durante o recesso parlamentar, sem ampla discussão com a sociedade, levanta sérias questões sobre a sensibilidade da gestão municipal às condições econômicas de sua população. Em um momento em que os cidadãos enfrentam desafios econômicos significativos, a decisão de aumentar substancialmente os salários dos principais gestores municipais pode ser vista como insensível e desconectada da realidade local.
A medida adotada pela Câmara Municipal de Serra Talhada, ao aprovar um aumento salarial tão expressivo para a prefeita e outros membros do executivo municipal, é, no mínimo, audaciosa e aviltante. Em um município com indicadores econômicos modestos e desafios sociais evidentes, decisões como essa reforçam a percepção de distanciamento entre os governantes e as reais necessidades da população.
Pitbull é morto a facadas em Serra Talhada, e autor do crime segue desconhecido
Um pitbull foi encontrado morto a facadas em Serra Talhada, nesta terça-feira (1º). O animal, que havia se soltado da coleira por volta do meio-dia, foi encontrado em um matagal próximo à casa do dono, Evancleber Barboza Conceição. O crime foi descoberto pelo dono através de um amigo que o chamou para ver o cachorro já sem vida. Até o momento, não há pistas sobre o responsável pelo ataque brutal.
Compra de avião de R$ 40 milhões para atender Raquel Lyra gera polêmica na SDS
O Governo de Pernambuco está em processo de aquisição de uma aeronave no valor de R$ 40 milhões, gerando insatisfação entre policiais civis e militares da Secretaria de Defesa Social (SDS). A compra, que inclui uma aeronave turboélice seminova, com capacidade para sete passageiros, dois pilotos e compartimento para bagagens, tem causado revolta nos bastidores, com suspeitas de que o avião será destinado ao uso exclusivo da governadora Raquel Lyra (PSDB) em suas viagens pelo Estado.
Fontes da SDS, sob condição de anonimato, confirmaram que a aeronave servirá principalmente para o transporte da governadora, já apelidada de “AeroRaquel”, em alusão ao famoso “AeroLula”. Documentos obtidos pelo Blog indicam que a aeronave King Air 260, da fabricante Beechcraft, foi escolhida por atender aos critérios técnicos e operacionais exigidos pelo governo, e uma das finalidades especificadas é o “Transporte VIP de autoridades”. A aquisição também visa garantir que a governadora possa cumprir uma extensa agenda no interior do Estado ou até em Fernando de Noronha, sem depender de voos comerciais.
A decisão de investir na aeronave, fabricada a partir de 2021, tem gerado críticas entre os servidores da SDS, que consideram o gasto excessivo em um momento delicado para a segurança pública. A autonomia de 3.185 quilômetros e o teto de 35 mil pés reforçam o caráter estratégico do avião, mas levantam questionamentos sobre a real necessidade desse investimento em meio a outros desafios enfrentados pelo Estado.