Em editorial recente, o Estadão criticou duramente o pronunciamento de 7 minutos e 18 segundos feito por Lula, acusando-o de usar a máquina pública de maneira vergonhosa. Segundo o jornal, Lula utilizou o espaço para atacar os governos de Jair Bolsonaro e Michel Temer, enquanto elogiava sua própria administração, sem mencionar os erros e desmandos dos governos petistas.
O Estadão destacou que, na narrativa apresentada por Lula, foram omitidos fatos importantes, como os dois anos de recessão causados pela inépcia de Dilma Rousseff e a pandemia de Covid-19. O jornal argumenta que o pronunciamento não abordou “assunto de relevante importância”, conforme exigido pelo Decreto 84.181 de 1979, que regula a convocação de redes nacionais de rádio e TV.
O editorial afirma que Lula, sentindo-se autorizado por sua posição, distorceu a realidade, apresentando uma visão mistificada dos fatos. O jornal sugere que o presidente estava colocando os brasileiros diante de uma escolha ilusória: o PT ou a barbárie.
Além disso, o Estadão questiona as motivações e os objetivos de Lula com o pronunciamento em cadeia nacional, sugerindo que o presidente estava mais interessado em reiterar seu compromisso com o equilíbrio das contas públicas de maneira superficial, enquanto se preparava para um embate eleitoral com Bolsonaro nas eleições municipais. O uso da máquina pública para fins eleitorais, conclui o editorial, demonstra até onde Lula está disposto a ir nessa “guerra imaginária”.