A CNN informou nesta terça-feira, 16, que as autoridades norte-americanas obtiveram informações nas últimas semanas sobre uma conspiração do Irã para tentar assassinar o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump.
Segundo a rede de televisão norte-americana, essas informações teriam levado o Serviço Secreto a aumentar a segurança em torno do ex-presidente.
Todavia, não há indícios de que Thomas Matthew Crooks, o jovem que tentou matar o ex-presidente no último sábado, esteja ligado à conspiração.
O Irã ameaçou repetidamente vingança pela eliminação de Qasem Soleimani, comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, ocorrido em janeiro de 2020, por ordem de Trump.
Todos os altos cargos da administração Trump que trabalham na segurança nacional beneficiaram de medidas de segurança rigorosas após deixarem o cargo.
O porta-voz do Serviço Secreto dos EUA, Anthony Guglielmini, no dia seguinte ao ataque ao magnata, tinha falado de um recente reforço da sua escolta sem especificar o motivo.
A existência de ameaça de uma agência de inteligência estrangeira hostil – e a segurança reforçada para Trump – levanta novas questões sobre falhas de segurança no comício de sábado em Butler, Pensilvânia, e como um homem de 20 anos conseguiu subir em um telhado próximo para tiros que feriram o ex-presidente.
Uma autoridade que atua na segurança nacional dos EUA disse que o Serviço Secreto e a campanha de Trump foram informados sobre a ameaça antes do comício de sábado.
“O Serviço Secreto soube da ameaça crescente”, disse o funcionário à CNN. “O Conselho de Segurança Nacional contactou diretamente o Serviço Secreto a um nível superior para ter a certeza absoluta de que continuavam a acompanhar os últimos relatórios. O Serviço Secreto partilhou esta informação com um dos chefes da campanha de Trump sobre uma ameaça em evolução. Em resposta à ameaça crescente, o Serviço Secreto aumentou os recursos para proteger o ex-presidente Trump. Isso tudo foi antes de sábado.”
A campanha de Trump não revelou se foi informada sobre a ameaça iraniana. “Não comentamos os detalhes de segurança do presidente Trump. Todas as perguntas devem ser dirigidas ao Serviço Secreto dos Estados Unidos”, afirmou a campanha em nota.