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Endividada, Mineradora Vale do Pajeú pede recuperação judicial

Foi publicado pelo Blog do Nill Júnior, que a Mineradora Vale do Pajeú, proprietária da marca Pajeú Cimentos, com sede as margens da PE-320 na cidade de Carnaíba, entrou com pedido de recuperação judicial no último dia 9 de junho. No processo distribuído à Vara Única da Comarca de Carnaíba, foi ajuizado o pedido de mediação e conciliação pré-processual e tutela cautelar com objetivo de antecipar os efeitos do “stay period” (procedimento possível no processo de Recuperação Judicial regido pela lei 11.101/05 que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária).

No pedido de Recuperação Judicial, os advogados da mineradora alegam que a crise iniciada em 2015 fez o País mergulhar “na pior crise de sua história”, afetando principalmente o setor da construção civil, de que “a capacidade instalada das indústrias de cimento havia alcançado 100 milhões de toneladas por ano e os preços estavam equilibrados. Entretanto, a partir do ano de 2015 os volumes caíram em duas casas decimais e os preços despencaram. Aliado a isso, os preços administrados, a exemplo de energia, combustíveis e demais serviços quase dobraram em apenas 1 (um) ano”, justificam.

O pedido contextualiza a extensão do problema informando que os preços praticados em 2016 e 2017 estavam no mesmo preço real daquele praticado no longínquo ano de 1994.

Nesse período o preço do saco de 50kg de cimento estava 40% (quarenta por cento) abaixo daquele estabelecido no Plano de Negócios elaborado junto à Deloitte em 2010 e cujos parâmetros foram referendados nas análises de crédito do principal agente de investimento, no caso, o BNB”.

O cenário causado pela pandemia do novo coronavírus também foi apontado pelo advogados da minerado. Segundo eles, devido a este cenário pandêmico, a fábrica necessitou fechar as portas por 45 dias. “Período suficiente para por em descompasso as contas da empresa”.

Ainda de acordo com dados publicados na reportagem do Blog do Nill Júnior, a Mineradora Vale do Pajeú  deve junto a Receita Federal R$ 9.549.140,66, já junto a Secretaria da Fazenda de Pernambuco – SEFAZ-PE, o montante é de R$ 12.147.507,36, totalizando uma dívida de R$ 21.696.648,02. Já a relação de credores em créditos submetidos mostra um subtotal da dívida de R$ 27.877.277,57 distribuídos da seguinte forma – Garantia Real: R$ 9.993.142,17; ME OU EPP: R$ 1.370.116,79; Quirografário: R$ 13.805.670,66  e Trabalhista: R$ 2.708.347,95, gerando uma dívida total de R$ 49.573.925,59.

Os trabalhos de prospecção e estudo para a implantação da fábrica de cimento foi iniciado no ano de 2009 e sua inauguração ocorreu no mês de abril de 2013.

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