A pesquisa apresentada por Felipe Nunes no livro Brasil no Espelho mostra que 42% dos jovens da “Geração.com” se declaram de centro, contra 28% de direita e 26% de esquerda. O grupo demonstra cansaço da polarização e maior abstenção. O estudo aponta ainda que os jovens reconhecem mais a discriminação e praticam menos preconceito.
Nunes explica que o país vive inseguranças constantes: inflação, crises políticas e violência. Hoje, 56% têm medo de andar na rua, número que chega a 70% nas capitais. Esse cenário fortalece posições conservadoras e pressiona por ações rápidas em segurança. Para 2026, o voto será disputado entre programas sociais do governo e um país mais individualista, onde microempreendedores e liberais sociais são as “bolhas” mais abertas à mudança.
O estudo também aponta que esse “centro” não é igual. Parte dos jovens tende à esquerda moderada por ser mais aberta a temas sociais e reconhecer desigualdades. Outra parte, formada por MEIs e autônomos, se aproxima da direita moderada por defender menos intervenção do Estado e pedir soluções duras para a violência.
