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ONG ligada ao PT domina verba bilionária de cisternas e levanta suspeitas de favorecimento político

Uma ONG comandada por dois filiados históricos do PT concentra R$ 640,1 milhões – 85% do orçamento total do programa de cisternas do Ministério do Desenvolvimento Social, chefiado por Wellington Dias (PT). Segundo o jornal O Globo, a Associação Um Milhão de Cisternas para o Semiárido (P1MC) se tornou a principal executora do projeto federal, levantando suspeitas sobre favorecimento político.

Embora o programa exista desde o primeiro governo Lula e busque garantir água potável no semiárido, a distribuição de recursos tem gerado polêmica. A P1MC subcontratou 37 ONGs, muitas delas ligadas ao PT, que já receberam juntas mais de R$ 152 milhões. Entidades como a Cootapi (PI), Comtacte (CE), Cecor (PE) e outras na Bahia têm ligação com ex-assessores, ex-candidatos e lideranças do partido.

Relatório da CGU apontou falhas na execução das cisternas e destacou a concentração de recursos em entidades politicamente conectadas. Mesmo com problemas técnicos identificados em 31% das estruturas analisadas, o ministério diz que os critérios são técnicos e não partidários. A P1MC alega que atua há décadas na área e que tudo ocorre dentro da legalidade.

O caso se soma a outras polêmicas envolvendo o ministério, como a contratação de ONGs ligadas ao PT para distribuir quentinhas em 2023. O programa de cisternas, agora alvo de investigação pela CGU, TCU e Polícia Federal, levanta questionamentos sobre uso político de recursos públicos e reforça a necessidade de transparência na gestão.

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