Reportagem do Estadão destacou que Gilmar Mendes entregou a Jorge Messias um trunfo político ao limitar pedidos de impeachment de ministros do STF ao procurador-geral da República, retirando poderes do Senado. A liminar, publicada às vésperas da sabatina do advogado-geral da União, irritou congressistas e reforçou análises de que a afinidade entre o governo Lula e o Supremo alimenta a suspeita de “teatro” político.
Segundo o jornal, Messias enviou horas depois um parecer pedindo que Gilmar reconsiderasse a medida e aguardasse o julgamento do plenário entre 12 e 19 de dezembro. Nos bastidores, senadores avaliam que não havia urgência para a liminar e classificam o movimento como “um levantou para o outro sacar”. A AGU, até então, só havia se manifestado de forma genérica no processo.
Ainda conforme o Estadão, Messias disse a aliados que “o pico da febre passou” após o adiamento da sabatina. Na véspera, participou de um jantar promovido por Carlos Viana com senadores e líderes evangélicos, onde também estiveram os ministros André Mendonça e Cristiano Zanin. Sem discursos, priorizou conversas individuais e aposta no reforço de Lula para conquistar votos.
