O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (1º) que o Brasil deve superar a fase de radicalização política. Segundo ele, “em breve, vamos empurrar o extremismo para a margem da história”, abrindo espaço para um debate democrático com presença de diferentes correntes ideológicas. A fala ocorreu durante evento na Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro.
Barroso destacou que a democracia pressupõe alternância de poder sem a exclusão de direitos de quem perde uma eleição. “Quem ganha governa, quem perde continua com seus direitos”, disse. O ministro reconheceu que o país atravessa um período de tensões, especialmente por julgamentos ligados aos atos de 8 de janeiro, mas ressaltou que as instituições absorveram a crise e mantiveram a estabilidade.
O magistrado ainda comentou sua gestão à frente do STF, afirmando ter buscado harmonia com os outros Poderes, mesmo diante de divergências naturais. A declaração acontece às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros réus acusados de tentativa de golpe, que será conduzido pela 1ª Turma do Supremo.