O colunista Rodolfo Borges, de O Antagonista, criticou duramente o governo Lula ao comentar as recentes declarações do ministro Fernando Haddad sobre o aumento do IOF. Segundo ele, é o próprio governo petista quem tem deixado a máquina pública em situação delicada, não por falta de recursos, mas por falta de responsabilidade fiscal. Ao tentar justificar o aumento de impostos com a ameaça de colapso administrativo, Haddad apenas expôs a fragilidade da gestão atual, que parece sempre à beira do caos, por escolhas políticas equivocadas.
Borges aponta que o governo Lula não demonstra qualquer compromisso com o funcionamento saudável do Estado. Em vez de cortar gastos ou rever privilégios, prefere ampliar arrecadações – como tentou com o Pix – e impor medidas que afetam diretamente o bolso da população. O aumento do IOF, segundo o colunista, é mais um reflexo da falta de planejamento e da dependência de manobras arrecadatórias para manter promessas eleitoreiras e sustentar uma base política insaciável.
Enquanto isso, Lula aposta na velha fórmula populista: distribuir benesses em ano pré-eleitoral e responsabilizar os ricos pela resistência. Ao propor, por exemplo, isenção de contas de luz para milhões, o petista pressiona o Congresso como se este fosse mero fiador de sua popularidade em queda. Para Borges, Lula já largou qualquer compromisso com a responsabilidade fiscal e tenta, no desespero, transformar o Estado em trampolim para 2026.