O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) criticou duramente o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, após sua declaração de que “a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”. Em postagem nas redes sociais, Moro ironizou a fala do ministro, chamando-o de “campeão em soltar presos” durante sua passagem pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e acusou o governo Lula de defender o desencarceramento em massa sob o conceito de “Pena Justa”.
A declaração de Lewandowski gerou forte repercussão, especialmente entre setores da segurança pública. A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal emitiu nota expressando indignação, argumentando que o problema não está na qualidade das prisões, mas na fragilidade do sistema judiciário que permite a reincidência de criminosos. A fala do ministro ocorreu em meio à discussão da PEC da Segurança Pública, que pode ampliar a atuação do governo federal na segurança dos estados e municípios.
O debate ganhou ainda mais força após uma entrevista na TV Globo, na qual uma porta-voz da Polícia Militar de São Paulo destacou a situação de um criminoso preso 16 vezes e que continua em liberdade. O caso serviu de exemplo para críticos que afirmam que o Judiciário muitas vezes facilita a impunidade, enfraquecendo o trabalho das forças policiais.
Ao repercutir a reportagem da Revista Oeste, Moro reforçou que a insegurança no Brasil precisa ser enfrentada com mais firmeza, cobrando maior rigor do Judiciário e criticando a política de desencarceramento do governo. A polêmica reacende o embate entre a necessidade de punições mais rígidas e o discurso progressista sobre a ressocialização de presos, tema que promete continuar em destaque no cenário político.