O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que o garoto Arthur Ramos do Nascimento, de apenas dois anos, morreu por asfixia e traumatismo crânio-encefálico. A perícia tanatoscópica revelou que a criança sofreu múltiplas agressões, comprovando a brutalidade do crime. O caso, que completa um mês neste dia 16 de março, gerou grande revolta na população de Tabira e região.
Arthur estava sob os cuidados de Giselda Silva, que está presa, e de seu companheiro Antônio Lopes, conhecido como Frajola, que foi linchado até a morte pela população. O corpo da criança chegou ao IML de Caruaru no dia 17 de fevereiro para exames internos e externos. Os resultados mostraram que Arthur passou por um verdadeiro martírio até sua morte, apresentando sinais claros de violência severa.
O corpo do menino apresentava o ânus dilatado com fissuras, além de moderada quantidade de sangue na luz do reto e do sigmoide, o que confirma abuso sexual. Também foram constatadas marcas arroxeadas semelhantes a mordidas no antebraço esquerdo, pulso e braço, além de extensas lesões na face mucosa do lábio superior, escoriações no nariz e fratura na região cervical. Internamente, os exames indicaram hemorragia subaracnóidea (sangramento que ocorre no espaço entre o cérebro e a membrana que o cobre) e um extenso hematoma que ia da região cervical até a torácica, atingindo a face posterior da traqueia e do esôfago.
A conclusão do IML foi que a morte de Arthur Ramos foi causada por choque decorrente de asfixia por sufocação direta e traumatismo crânio-encefálico produzido por instrumento contundente. O caso continua gerando grande comoção e reforçando o clamor por justiça. As informações foram divulgadas pelo radialista Júnior Alves, da Rádio Cidade de Tabira/PE, em seu Instagram.