A rejeição à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026 aumentou, segundo pesquisa Ipec divulgada pelo UOL. O levantamento revela que 62% dos brasileiros não querem que o presidente dispute a reeleição, um crescimento em relação aos 57% registrados em novembro de 2024. A resistência também subiu entre seus próprios eleitores: em novembro, 24% dos que votaram em Lula em 2022 eram contra um novo mandato; agora, esse número saltou para 32%. Entre os apoiadores de Jair Bolsonaro, a rejeição atinge 95%.
Os principais motivos apontados pelos entrevistados para não quererem Lula candidato são desempenho ruim no governo (36%), acusações de corrupção (20%) e idade avançada (17%). Outros fatores incluem desgaste político, desconfiança e insatisfação com a administração. A pesquisa reforça uma tendência já indicada pelo Datafolha, que mostrou uma queda brusca na aprovação do petista, passando de 35% para 24% em apenas dois meses, o menor índice registrado em seus três mandatos.
Especialistas apontam que a crise envolvendo o monitoramento do Pix, que gerou forte reação popular e levou o governo a recuar, pode ter influenciado a piora nos índices. A reprovação de Lula também atingiu um recorde, subindo de 34% para 41% desde dezembro de 2024. O cenário acende um alerta para o Planalto e pode impactar as estratégias do governo nos próximos anos, especialmente diante do crescimento da insatisfação popular e da busca por alternativas políticas para 2026.