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Apesar das premiações estranhas, gestão municipal coleciona problemas ambientais

Na semana em que a gestão de Márcia Conrado recebeu o certificado de “progresso climático” pelas supostas boas praticas ambientais em Serra Talhada-PE, recebemos de leitores do blog flagrantes feitos de problemas básicos na cidade como a coleta e tratamento de esgoto. A cena é um contraste entre o luxo e o lixo. No primeiro plano o despejo de esgoto sem tratamento em uma área da cidade e ao fundo o shopping, símbolo do poder de compra. Pelas imagens pode-se ver que ali na Rua Manoel Pereira da Silva, são despejados os dejetos coletados nas ruas acima. (veja localizão no Google Maps clicando aqui )

Diante de tantos problemas relacionados ao meio ambiente, o recebimento destes “reconhecimentos” causam certo constrangimento e estranheza para quem acompanha a pauta. Recentemente a Secretaria de Meio Ambiente, por meio do Secretário Sinézio Rodrigues, recebeu um prêmio da Agência MV4, também pelas supostas boas práticas do governo nas questões ambientais.

O governo Márcia Conrado, embora tenha politicamente se afastado de Luciano Duque, as condutas administrativas foram herdadas e muitas mantidas. Resíduos sólidos, por exemplo, foi e ainda é um grande problema, logo é questionável os critérios para a concessão destes prêmios, pois Serra Talhada teve o fechamento do lixão na PE-390 sob muitas críticas de não tê-lo feito de maneira técnica. Depois construiu um aterro sanitário na PE-320 praticamente dentro da área urbana da cidade de Calumbi-PE [infringindo a lei que estabelece como devem ser estes aterros].

Vale lembrar que o aterro da PE-320 esta paralisado desde que o local foi atingido por incêndio em meados de novembro de 2019, ou seja, antes de Márcia se tornar prefeita. O aterro, onde deveria funcionar uma usina de reciclagem [que nunca funcionou] estava sob responsabilidade do grupo Hertz, que abandou o local e desapareceu do mapa. Na oportunidade a mesma Secretaria de Meio Ambiente prometeu cobrar explicações a concessionária, mas isso nunca aconteceu.

Em meio a todas estas interrogações e asteriscos, a gestão Duque deu inciou e Márcia herdou um lixão clandestino e irregular as margens da BR-232, que o ex-prefeito chamou criminosamente de “transbordo”, como se fosse permitido que os resíduos coletados pudessem ser depositados de qualquer maneira, contaminando o subsolo e o lençol freático. A aquela altura o lixo era por levado por carretas do tal “transbordo” para aterro sanitário em Salgueiro – PE, cidade que fica a 100 km de Serra.

Depois de denúncias feitas pela imprensa, especial mente pela Radio Líder FM e pelo Youtuber Sérgio Hernandes ao TCE, MPPE e CPRH, com muita dificuldade, os órgãos agiram meio que “à fórceps” e aquele local foi fechado, com lixo dali em diante sendo coletado e saindo em seguida nos veículos especializados [coletores] direto para o aterro sanitário de Afogados da Ingazeira – PE.

Pelos acordos entre os órgãos citados e a gestão de Márcia Conrado, ficou acertado que o município adequaria o local para ser um transbordo legalizado com proteção do solo e do lençol freático, mas não há informações se a gestão concluiu suas obrigações. O prazo estipulado pelo poder judiciário expirou e o assunto, assim como muitos outros na cidade, foi jogado para debaixo do tapete.

Apesar de todas estas situações mal resolvidas que foram expostas anteriormente, estranhamente a gestão segue sendo premiada pelas suas supostas condutas de cuidado com o meio ambiente.

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