Já enviamos para assessoria de imprensa da prefeita Márcia Conrado as imagens que circulam nas redes sociais com ela usando produtos de luxo que custam alguns milhares de reais, para saber se são autênticas ou não. O conteúdo é apócrifo, não se sabe sua origem e autoria, mas é óbvio que foi pinçado e organizado por adversário da prefeita que é natural pré-candidata a reeleição. Resta saber se são imagens verdadeiras que expõem o gosto, diria, extravagante para quem governa uma cidade no interior de Pernambuco.
Não se questiona o gosto, nem a capacidade financeira de a prefeita poder adquirir ou não estes bens, mas, caso sejam autênticas as imagens, se evidencia o contraste da vida levada por ela com a dura realidade da maioria dos cidadãos desta cidade. Tem a hipótese de as imagens serem autênticas e as peças meras réplicas, ou seja, a prefeita poderia estar por aí dando uma de “dublê de rico”, mas aí ainda estaria implicada em crime contra registro de marca ou contrabando.
Embora saibamos da disparidade do poder de compra entre políticos e o povo, não estamos criticando o consumo em si, contudo que se faz necessário haver discrição, uma vez que no cotidiano o político procura se aproximar do pobre e tenta convencê-lo de sua simplicidade, de que é um ser comum como todos. Não é para comer em lata de goiabada, com populismo barato, mas o ato de ser discreto, pois o excesso tripudia do cidadão.
O ato chama ainda mais atenção pelo fato da prefeita ser do Partido dos Trabalhadores, sigla que tem figuras como Haddad, que quando candidato a presidente em 2018 apareceu em debates na TV com relógio avaliado entre R$ 15.000,00 a R$ 18.000,00 e Lula, que também apareceu na campanha de 2022 com relógio de pulso de R$ 80 mil que ele alega ter ganhado de presente do ex-presidente francês Jacques Chirac.
Entre os acessórios usados nas imagens que circulam de Márcia, tem duas bolsas, uma que supostamente custa mais de R$ 52 mil e outra de mais de R$ 20 mil, e ainda relógio de mais de R$ 89 mil e cinto de mais de R$ 3 mil.
Também foi agora na gestão do PT de Lula que sugiram situações constrangedoras, como o falso comunicado de sumiço de móveis do Palácio da Alvorada, que acabaram justificando a compra pelo presidente e sua esposa, Janja, de seis móveis no valor total de R$ 196,7 mil. Entre eles, um sofá com mecanismo elétrico reclinável e revestido em couro, no valor de R$ 65 mil, e uma cama king size revestida em couro grão natural no valor de R$ 42,2 mil. Todos os móveis apontados como sumidos/subtraídos, foram posteriormente encontrados.
O que combatemos é a hipocrisia evidenciada nos discursos de um dia posar de plebes e no outro ostentar uma bolsa, por exemplo, que custa o valor de uma casa num bairro da periferia da cidade.
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