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Mais de 5,6 milhões de mulheres não têm o hábito de frequentar o ginecologista, aponta pesquisa

Infelizmente, ainda é um tabu para muitas mulheres ter uma conversação maior com seu próprio corpo, em especial quando se trata de sua saúde íntima. Isso explica a pesquisa realizada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), juntamente com o Datafolha, na qual foi constatado que 5,6 milhões de mulheres brasileiras não têm o hábito de frequentar o ginecologista. Um número alto, que só reflete o fantasma do medo, da vergonha e também da falta de acesso a este serviço.

Segundo um estudo intitulado como “Expectativa da Mulher Brasileira Sobre Sua Vida Sexual e Reprodutiva: As Relações dos Ginecologistas e Obstetras Com Suas Pacientes”, de 68% das mulheres que consideram a ginecologia como uma especialidade médica importante para a sua saúde, 11% citaram ter vergonha de ir ao ginecologista.

“A falta de conhecimento de que as doenças iniciam silenciosamente, sem sintomas, faz com que muitas só procurem o ginecologista quando apresentam sintomas. É preciso se informar e procurar profissionais de confiança, com um currículo que ateste sua responsabilidade com os pacientes. Esse tabu que ainda existe, a vergonha… Isso precisa ser superado”, comenta a Dra. Lúcia Carvalho, ginecologista e obstetra das Clínicas Especializadas do Sertão Pernambucano (CLIESP).

Outro dado apurado foi o que aponta a frequência com que as mulheres procuram um especialista. Os dados apontam que 16,2 milhões não se submetem a uma consulta por mais de um ano; e 4 milhões de mulheres nunca procuram o atendimento de um médico especializado em saúde íntima. O acompanhamento desse profissional é fundamental para prevenir doenças e auxiliar a mulher a tomar os cuidados necessários com seu corpo.

“Recomenda-se que a mulher comece a fazer exames preventivos dois anos após o início das relações sexuais ou quando apresentar sintomas. Esses exames devem ser repetidos anualmente ou a intervalos de tempo menores, de acordo com a orientação do médico”, explica a especialista.

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