A provável saída e Marília Arraes do PT deve tirar votos da Frente Popular, que tem como pré-candidato o Deputado Federal Danilo Cabral, esta é uma análise comum entre os grupos oposicionistas e no chamado bloco bolsonarista, não é diferente. Na opinião do presidente estadual do PTB, Coronel Meira, “ela vai tirar voto do lado de lá; então isso vai haver uma divisão e vamos ver como vai ficar essa equação”.
Sem dúvidas a situação do PSB é mais desconfortável desde que chegou ao poder com Eduardo Campos em 2006. Desgastado naturalmente pelo tempo de gestão, a Frente Popular ainda defende posições que estão muito avariadas perante a opinião pública, como a pré-candidatura do ex-presidiário Lula a presidência. Os governos ruins de Paulo Câmara no Estado e Geraldo Júlio na prefeitura do Recife compõem outro ingrediente que o PSB não tinha antes.
Cientistas políticos também avaliam que uma candidatura de Marília ao governo pode, ao mesmo tempo que implodir a Frente Popular, mexer também com o atual cenário no bloco de oposição, especialmente com a momentânea vantagem de Raquel Lyra (PSDB) nas pesquisas de intenção de voto. É possível que a disputa fique mais embolada, diminuindo as diferenças entre os postulantes.
Hoje, segundo pesquisa do Instituto Múltipla divulgada nessa quarta-feira (23), Raquel tem uma boa frente, com 25,6. Depois vem Miguel Coelho com 10,9, em seguida Anderson Ferreira com 9,2 e na última posição Danilo Cabral com 5,9.
Com um eleitorado considerado mais fiel, atrelado ao Presidente Bolsonaro, acredita-se que Anderson Ferreira seja aquele que menos sofrerá com a entrada de Marília na disputa.