Vítima da artilharia do colega de partido, o Senador Humberto Costa, que em nenhum momento tornou sua estadia na legenda fácil, Marília pode finalmente deixar o Partido dos Trabalhadores. Rifada da disputa no estado em 2018, quando o PT se juntou a Frente Popular pela reeleição de Paulo [o que possibilitou a de Humberto, algo difícil sem a Frente Popular] e muito avariada pelo “fogo-amigo” na eleição municipal do recife em 2020, Marília parece ter caído na real.
Mas o suposto despertar para a realidade para por aí, mantendo um pouco da trajetória no PT, marcada pelo discurso populista, Marília não pretende romper com o ex-presidiário Lula. A prova disso é que o provável destino dela será o Solidariedade (SD), presidido pelo deputado federal Paulinho da Força, ferrenho aliado da “santidade” petista, e que já declarou apoio a sua candidatura presidencial neste ano.
O jornal Folha de PE diz que, segundo uma fonte petista, Paulinho da Força teria negociado com Marília o comando do partido no Estado, que ficou sem liderança após a desfiliação do deputado Augusto Coutinho. Ainda não está definido se Marília Arraes pode vir a disputar eleição como candidata ao Senado ou ao Governo.