Não se discute a liderança de FBC na região do São Francisco e também sua influência em outros Sertões, como no Araripe e Sertão Central. No Pajeú, os Coelhos escolheram velhos aliados testados na eleições de 2020, Gleybson Martins e Zé Negão, isso com o objetivo de quebrar quase que o monopólio exercido pelo PSB. Esta região é de costume ser tida como uma área bem “arraezista” [termo usado em alusão ao ex-governador Miguel Arraes].
Para ir além, o projeto de candidatura de Miguel Coelho, por enquanto pré-candidato a governador, precisa ganhar força em outras regiões, em colégios eleitorais importantes como na Região Metropolitana do Recife e no Agreste. Daí deve sair o vice de sua chapa, acredita-se. No Recife a especulação é que, com as dificuldades de Raquel Lyra de sair candidata, a deputada estadual Priscila Krause possa aderir ao palanque de Miguel, porém isso é apenas especulação, por ora.
Onde a pré-campanha ganhou força mesmo foi no Agreste, com apoios importantes, entre eles o ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira, e de sua esposa, a deputada estadual Alessandra Vieira. Outra liderança importante que sinalizou apoio a Miguel foi o prefeito de Toritama, Edílson Tavares (MDB). E o mais significativo: em Caruaru, terra de Raquel, Miguel tem estreitado o diálogo com Wolney Queiroz e Zé Queiroz, adversários históricos dos Lyra e figuras de grande estatura na política caruaruense.
Muita coisa ainda deve acontecer, como o anúncio de novos apoios e possíveis dissidências, contudo não se pode fechar os olhos e negar que a caminhada, pelo menos até o momento, feita pelo grupo do Coelhos tem surtido efeito e Miguel Coelho seja, quem sabe, o pré-candidato que melhor demarcou terrenos e que conquistou apoio relevantes na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas.