Nesta quarta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiou a análise sobre a utilização de autotestes de covid-19 no país. A decisão foi tomada em reunião da Diretoria Colegiada da entidade.
Dos cinco diretores, apenas a relatora do pedido de liberação, Cristiane Jourdan, se manifestou favoravelmente à autorização, seus colegas avaliaram que é necessário solicitar que o Ministério da Saúde inclua a autotestagem como uma política pública permanente para, então, a Anvisa avaliar o tema novamente.
Na última sexta-feira (14), a Agência recebeu a nota técnica do Ministério da Saúde sobre os autotestes.
Em função da explosão de casos da variante Ômicron, a disponibilidade de testes nos laboratórios está comprometida. Por isso, o ministério defendeu que esta seria uma forma de prevenir e controlar surtos da doença.
A pasta detalhou, no documento, que a venda de autotestes, que ainda não possui regulamentação no Brasil, “pode ser uma excelente estratégia de triagem, pois devido ao curto tempo para o resultado, pode-se iniciar rapidamente o isolamento dos casos positivos e as ações para interrupção da cadeia de transmissão”.
Ainda na nota, o Ministério afirmou que “a prevenção e o controle de surtos dependem cada vez mais da frequência dos testes e da velocidade de notificação (uma vantagem dos testes de antígeno)”.
Para isso, foram elencadas as seguintes justificativas:
O autoteste tem excelente aplicabilidade no contexto epidêmico com o objetivo de:
Ampliar oportunidades de testagem para sintomáticos, assintomáticos e possíveis contatos;
Realizar testes antes de se reunir em ambientes fechados com outras pessoas;
Não sobrecarregar serviços de saúde, que já estão muito além do limite de sua capacidade de atendimento;
Testar, isolar, e encaminhar os casos positivos para o Sistema de Saúde (ou tele-atendimento), para a melhor assistência e a quebra da cadeia de transmissão;
Sair do isolamento, após resultado negativo e sem sintomas.