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A velha tática que dá certo

Fica cada vez mais evidente que os políticos de modo geral contingenciam  os problemas para que possa ser prometido durante os pleitos eleitorais, dependendo do tamanho de determinadas promessas, ela serve para eleger-se, reeleger-se e fazer sucessor.

Há 4 anos, em meados de abril, quando por força de lei teve de se desincompatibilizar a função de Secretário dos Transportes de Pernambuco, Sebastião Oliveira disse em entrevista no rádio que o projeto de restauração da Rodovia PE-365 estava pronto e que logo a obra iniciaria. Pois bem, elegeu-se deputado federal pela 2ª vez, mas a obra não começou e o Governo do Estado passou a dar inúmeros explicações para isso, um delas é que faria o projeto, mas como se o projeto Sebastião disse ter deixado pronto faltando apenas a execução?

A mesma coisa ocorre o ramal da Adutora do Pajeú para levar água as cidades de Santa Cruz da Baixa Verde e Triunfo. A promessa é antigo, veio como protagonista o próprio Sebastião, as foi feita ainda no segundo mandato do prefeito Luciano Bonfim, depois pela gestão de João Batista e agora, prometem, vai sair no 3ª mandato de Bonfim, que voltou a governar a cidade.

Citamos Sebastião e estes casos envolvendo Santa Cruz e Triunfo somente para exemplificar de como o sistema político sob o qual vivemos é perverso, e isso não foi invenção de nenhum dos citados. Muita pirotecnia com assinaturas de ordem de serviço, muito estardalhaço em entrevistas com promessas para inflamar a claque, mas que de fato a obra segue no padrão público: início incerto, fim duvidoso e custo certamente o dobro do que seria algo da mesma dimensão no setor privado.

Vivemos um ano pré-eleitoral e é nítido o desgaste da gestão socialista em Pernambuco, assim como as redes sociais proporcionaram ao cidadão uma capacidade de realizar a sua tarefa de controle social com mais precisão, diante disso, sobe-se o tom quanto a promessa, porém ressabiados com o passado não muito distante, enxergamos o festival de “boas novas” como uma perversa intromissão do Estado, que busca reverter todo o mal que fez por meio de uma gestão desastrosa, iniciando obras de equipamento que já foram prometidos e que, sabe lá Deus, ainda podem ser usados como meio para a “turmas” terem acesso ao erário e usá-lo sem nenhum critério e respeito, como fez Geraldo Júlio ex-prefeito do Recife.

O que pode-se ver é que a maioria dos políticos, com maior concentração no Nordeste e o interior dele, não têm cerimônia de defender políticos corruptos como Lula, Eduardo, Jader, Renan e, pior, repetem os mesmos mantas, certamente por saberem da fragilidade conivente do povo destes lugares.

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