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PE registra a pior taxa de desemprego de todo o Brasil

 

Pernambuco registrou a maior taxa de desemprego em todo o Brasil, no segundo trimestre de 2021. No estado, o índice de desocupação no período ficou em 21.6%, enquanto no Brasil ela chegou a 14,1%.

É o que apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada, nesta terça (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IBGE disse que o segundo trimestre de 2021 em Pernambuco registrou um aumento de desocupação de 0,2%, em relação ao primeiro trimestre de 2021, que teve taxa de 21,3%.

Houve também um aumento de 6,5% frente aos números do mesmo trimestre de 2020, com desemprego de 15,5%.

Segundo a pesquisa, no país, no segundo trimestre de 2021, houve queda de 0,6 %, em relação ao primeiro trimestre deste ano e alta de 0,8% diante dos dados do segundo trimestre de 2020

Gerente de Planejamento de Gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita Lima afirmou que os números têm relação com reflexos da pandemia.

Segundo ela, Pernambuco agiu rapidamente para evitar a disseminação do novo coronavírus, suspendendo a maioria das atividades, no período avaliado.

“Em abril, estava quase tudo fechado mesmo. E isso refletiu nos setores, principalmente, em serviços’, comentou.

Ainda de acordo com Fernanda, além disso, quando começou a reabertura gradual, as pessoas que tinham deixado de procurar emprego voltaram ao mercado em busca de uma ocupação. “Isso pressionou os números, a partir de maio”, afirmou.

Os números da pesquisa mostram, ainda, que a taxa de participação na força de trabalho foi 52,4%. Isso representa, em Pernambuco, um aumento de 0,4%, em relação ao trimestre anterior, e de 7,1% maior na comparação com o mesmo trimestre de 2020, que teve taxa de 45,3%.

Em relação a essa força de trabalho, disse o IBGE, 3.218.000 pessoas estavam ocupadas no período avaliado, 885.000, encontravam-se desocupadas.

“São números que demonstram estabilidade se comparados ao trimestre anterior, com 3.202.000 ocupados e 868.000 desocupados”, afirmou o IBGE.

A pesquisa apontou também a situação legal das pessoas que conseguiram emprego. Ao todo, 871 mil tinha carteira assinada, 464 mil estavam sem o documento.

Os trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada eram 36 mil. Nessa mesma categoria, sem o documento, o IBGE registrou 111 mil.

No setor público, eram 41 mil com carteira de trabalho assinada e 126 mil sem carteira o documento. Militares e funcionários públicos estatutários totalizaram 351 mil. Os trabalhadores por conta própria somaram 1,09 milhão.

Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas empregaram 636 mil pessoas. A administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais totalizaram 590 mil empregos.

A Indústria em geral ficou com 361 mil empregados e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura somaram 338.000 mil.

“Os números demonstram estabilidade em relação ao trimestre exatamente anterior”, observou o IBGE.

Rendimento e subocupação

O rendimento médio real de todos os trabalhos das pessoas ocupadas foi R$ 1.881. Isso representa uma redução de R$ 1, em relação ao trimestre anterior.

Em comparação ao mesmo trimestre de 2020, o rendimento médio ficou em R$ 1.931. Esse número foi 2,6% menor.

Por fim, o IGBE informou que os indicadores de subutilização mostram que das pessoas ocupadas 294 mil estavam subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas. O número de desalentados no 2° trimestre de 2021 foi de 391 mil pessoas.

Sobre as perspectivas para o futuro, Fernanda Estelita, do IBGE em Pernambuco, acredita que a situação deve melhorar.

Segundo ela, os índices de ocupação vão aumentar, à medida que a economia seja reaberta, diante dos avanços da vacinação contra a Covid.

“Acredito que em Pernambuco, se os números da pandemia ficarem realmente menores, até o fim do ano, deveremos ter mais pessoas empregadas no turismo e nos serviços”, comentou.

Nacional

O IBGE mostrou também a situação do desemprego no resto do Brasil. As maiores taxas de desocupação, além de Pernambuco, foram registradas no seguinte estados: Bahia (19,7%), Sergipe (19,1%) e Alagoas (18,8%).

As menores taxas foram as de Santa Catarina (5,8%), Rio Grande do Sul (8,8%), Mato Grosso (9,0%), Paraná (9,1%) e Mato Grosso do Sul (9,9%) que ficaram abaixo de 10,0%.

Foi registrada redução na desocupação nos seguintes estados: Amazonas (-1,9%.), Espírito Santo (-1,5%), Rio de Janeiro (-1,5%) e Minas Gerais (-1,3%.).

A taxa de desocupação foi de 11,7% para homens e 17,1% para mulheres, e ficou abaixo da média para brancos (11,7%) e acima para pretos (16,6%) e pardos (16,1%).

A taxa para pessoas com nível superior incompleto (16,5%) foi considerada “muito superior” ao número de brasileiros com o nível superior completo (7,5%).

Subutilização

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 28,6%.

As maiores taxas foram do Piauí (46,6%), Maranhão (46,3%) e Sergipe (44,1%). As menores foram de Santa Catarina (10,6%), Mato Grosso (15,0%) e Rio Grande do Sul (17,7%).

O número de desalentados foi de 5,6 milhões de pessoas. A maior parte delas estava na Bahia (715 mil desalentados, ou 12,8% do contingente nacional).

O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada foi de 5,2%. Maranhão (19,7%) e Alagoas (16,5%) tinham os maiores percentuais.

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