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A magia dos anos pré-eleitorais

 

Não tem muito segredo, sempre em vésperas de anos eleitorais os governos, sejam eles central ou estaduais e municipais, sempre têm na manga muito mais que uma carta. São, em média, de três a três anos e meio de um gestão sofrida que contingencia ações e, intencionalmente, represa as necessidades, assim, como boa parte do dinheiro represado também, o volume de ações num curto espaço de tempo faz uma pirotecnia dos diabos e anestesia o cidadão que, lamentavelmente, se esquece dos tempo de má gestão.

O exemplo da vez é a andança do Governador de Pernambuco Paulo Câmara pelos 4 cantos do estado. Com uma gestão considerada ruim no geral, mais ainda no segundo mandato – agravada pelo problemas da pandemia, já que o inchaço da máquina e a falta de recursos foram evidenciados, assim como o peso que a máquina tem para cada pernambucano, o socialista usa suas cartadas para reverter o estrago com anúncios de investimentos em estrada [promessas já feitas várias vezes no passado], adutoras de abastecimentos, programa de incentivo ao emprego [Pernambuco teve o pior desempenho do País] e outros.

O objetivo é fazer o sucessor e, assim, manter a hegemonia do PSB, que já emenda 4 mandatos consecutivos: 2 de Eduardo Campos e 2 de Paulo. Para isso ações são prometidas, outras iniciadas, e o temor é a dificuldade que a Frente Popular deve  enfrentar nas eleições, uma vez que o modelo de gestão é questionado pelos resultados ruins, o que ocorre devido ao campo ideológico defendido e pelo desgaste natural do longo tempo na administração.

Estradas, empregos, programas sociais, tudo passou a funcionar como que num passe de mágica, só que mágica é combustível dos tolos. O que existe é uma maquiagem dos números reais e o desejo de perpetuação de um modelo de gestão que esgotou sua capacidade de gerir nossos destinos. O que poderíamos chamar de melhorias, nada mais são do que a velha estratégia midiática e pragmática de entregar o que já deveria ter sido entregue, mas fazê-lo faltando poucos meses para uma nova disputa, o que pode mudar o ponto de vista dos pernambucanos mais desatentos aos reais interesses deste time.

O povo pernambucano precisa resgatar a fama outrora construída de ser um povo politizado e botar um ponto final na trajetória de governos que exauriram o arsenal administrativo, que tornaram-se básicos, repetitivos, previsíveis e pouco competitivos do ponto de vista gerencial. Um povo bravo como o nosso não merece viver de migalhas, nem de faz de contas.

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