Categoria: Saúde

Resultados preliminares de um estudo israelense, conduzido pelo pesquisador Gili Regev-Yochay, no Centro Médico Sheba, com os imunizantes da Pfizer e da Moderna, revelam que uma 4ª dose da vacina contra a covid-19 conseguiu elevar os anticorpos a níveis maiores do que apenas com a 3ª dose, mas sendo insuficiente para impedir a contaminação pela variante ômicron.

No último dia 2 de janeiro o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, anunciou a aplicação da 4ª dose em pessoas com mais de 60 anos e em profissionais de saúde.

Neste dia 17 de janeiro fazem exatos 12 meses que a campanha de vacinação contra a covid-19 no Brasil começou e o País alcançou a impressionante marca de 75% da população com pelo menos a primeira dose e 70% com o esquema vacinal completo, 15% já estão imunizados com a dose de reforço. Os dados são do painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 VACINAÇÃO INFANTIL

Vários estados deram início no fim de semana a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Essa faixa etária não integrava o calendário de imunização contra a Covid.

Conteúdo da IstoÉ Dinheiro

Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) alertou que as sucessivas administrações de doses de reforço contra a Covid podem enfraquecer o sistema imunológico e não ser viáveis.

As doses de reforço “podem ser dadas uma vez, ou talvez duas, mas não é algo que podemos pensar que deve ser repetido constantemente”, afirmou Marco Cavaleri, responsável pelo departamento de Estratégia de Ameaças Biológicas para a Saúde e Vacinas da EMA, durante a conferência de imprensa, citado pela Bloomberg.

Nesse sentido, o responsável aponta que “não podemos continuar a dar uma dose de reforço a cada três ou quatro meses“, dado que isso pode, eventualmente, desencadear um enfraquecimento da resposta imunitária dos cidadãos e causar fadiga na população. “É claro que quando se trata de pessoas vulneráveis e de imunodeprimidos, a situação será um pouco diferente, realmente, para os imunodeprimidos será de esperar que uma quarta dose seja necessária”, afirmou.

Assim, Marco Cavaleri defende que deve ser feita uma avaliação “abrangente” para que se possa determinar “qual poderá ser a melhor estratégia para a vacinação ao longo do tempo” para a população em geral. “Precisamos de pensar de que modo podemos fazer a transição do atual cenário de pandemia para um cenário mais endêmico”, sinalizou.

Estas declarações surgem num momento em que Israel já deu “luz verde” à administração de uma quarta dose de reforço para a população mais vulnerável, se tornando o primeiro país a fazer.

O desembarque do primeiro lote de vacinas da Pfizer destinadas ao público infantil aconteceu às 4h40 desta quinta-feira (13) no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. 1,2 milhão doses do imunizante foram entregues ao Ministério da Saúde e deverão ser aplicadas em crianças de 5 a 11 anos. A distribuição aos estados e municípios já começou.

Ao todo o governo Brasileiro contratou 19,9 milhões doses da farmacêutica americana e o cronograma de entrega está previsto assim: 4,3 milhões de doses em janeiro, outras 7,2 milhões de doses em fevereiro e 8,4 milhões em março.

Conforme o acordo inicialmente firmado entre governo e Pfizer,  o lote entregue hoje deveria conter 600 mil doses, no entanto o laboratório conseguiu dobrar a quantidade, enviando outras 600 mil doses, além do que estava previsto.

A distribuição aos estados ocorre de acordo com a população local, sendo fixado: 39,18% ao Sudeste; 28,43% ao Nordeste; 13,17% à Região Sul; 11,05% ao Norte; e 8,17% ao Centro-Oeste.

Buíque, Ibimirim, Inajá, Jatobá, Pedra, Tacaratu e Venturosa, municípios que compõem a III macrorregião de saúde em Pernambuco, paralisaram as atividades do SAMU devido a falta de repasses. De acordo com lavamento feito pelo Blog do Júnior Campos, há atrasos por parte da Secretaria Estadual de Saúde, do Ministério da Saúde e de prefeituras desta regional. A despesa é em torno de R$ 1 milhão. Outros municípios podem seguir o mesmo caminho.

A III macrorregião é composta por 34 municípios oriundos de três Gerências Regionais de Saúde: VI em Arcoverde, X em Afogados da Ingazeira e XI em Serra Talhada. Juntos, estes municípios têm 860.421 mil habitantes que precisam dos serviços do SAMU.

A circulação da variante Ômicron em Pernambuco foi confirmada pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE) que analisou 80 amostras biológicas e detectou em 21 delas a linhagem Ômicron. Os testes foram feitos entre 15 e 31 de dezembro e os pacientes são da Região Metropolitana do Recife (RMR), Agreste e Sertão do São Francisco, além de Fernando de Noronha. Não há registro de óbito. Nas outras 59 amostra (73%) foi detectada a variante Delta.

Os casos de Ômicron foram registrados em pessoas do Recife (14) e Jaboatão dos Guararapes (1), na RMR; Caruaru (1), Frei Miguelinho (1) e Garanhuns (1), no Agreste; Lagoa Grande (1) e Petrolina (1), no Sertão do São Francisco; e Fernando de Noronha (1). Os pacientes tinham entre 1 e 67 anos. As faixas etárias são: 0 a 9 (3), 20 a 29 (3), 30 a 39 (4), 40 a 49 (6), 50 a 59 (2) e 60 ou mais (3). De acordo com análises de sistemas de informação, apenas um caso (homem de 67 anos, de Lagoa Grande, vacinado com duas doses) precisou de internação em leito de enfermaria, mas já recebeu alta.

O governo informou que o primeiro lote do imunizante da Pfizer, com 1,3 milhão doses, chega ao país no dia 13. Até o fim do mês, a expectativa é que sejam entregues 3,7 milhões unidades.

A vacinação das crianças vai começar praticamente um mês depois da autorização da Anvisa. Depois de atrasar o processo com uma consulta e uma audiência públicas, o governo desistiu de exigir receita médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos.

A influenza H3N2 infectou 5.226 pessoas e já matou 30 em Pernambuco, sendo 13 do sexo masculino e 17 do sexo feminino. Os dados são do boletim de terça-feira (4) da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

Os pacientes apresentavam comorbidades e possuíam fatores de risco para complicação por influenza como diabetes, doença cardiovascular, doença renal crônica, cardiovasculopatias, hipertensão arterial e sobrepeso.

Além destes casos confirmados de influenza H3n2, outros 27 casos são de influenza A não subtipada. Em 7,1% dos casos, o que equivale a 371 pessoas, foi apresentada a SRAG – Síndrome Respiratória Aguda Grave.