A inflação tem forçado milhões de brasileiros a mudar o que comem e como consomem. Pesquisa do Datafolha, realizada entre 1º e 3 de abril, aponta que 58% da população reduziu a compra de alimentos, número que chega a 67% entre os mais pobres. Comer fora tornou-se exceção para 61%, e metade dos entrevistados trocou o café tradicional por marcas mais baratas.
O preço do ovo subiu 19,44% nos supermercados em março, segundo o IPCA-15, prévia da inflação divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (27). No acumulado de 2024, o aumento já chega a 25,88%. Especialistas apontam que o custo do milho, o calor intenso e a alta demanda na Quaresma estão entre os principais fatores que impulsionaram o reajuste.
O custo médio da cesta básica, no último mês de maio, aumentou em 11 das 17 capitais do Brasil analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. O estudo, realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), foii divulgado nesta quinta-feira (6).
Porto Alegre foi a capital que registrou a maior alta em comparação com abril, com um aumento de 3,33% devido às fortes chuvas. Em seguida aparecem Florianópolis (2,50%), Campo Grande (2,15%) e Curitiba (2,04%). Já Salvador esteve entre uma das cidades com maior queda no valor da cesta básica, com uma redução de – 2,67%, juntamente com Belo Horizonte (- 2,71%).
Uma das razões para o aumento no custo da cesta foi o arroz. De abril a maio, o preço médio do arroz aumentou em 15 capitais, com variações de 1,05% em Recife até 16,73% em Vitória. Como o Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro com maior produção de arroz, as enchentes reduziram a oferta.
