Na noite de Natal, uma tragédia abalou a cidade de Arcoverde: uma mulher foi assassinada pelo próprio irmão. O crime aconteceu por volta das 22h, no loteamento Silva Matos, quando a vítima, Rejane da Silva Matos, de 36 anos, foi atacada com vários golpes de faca peixeira pelo irmão João Leandro de Matos, de 24 anos. A Polícia Militar prendeu o acusado em flagrante.
Em entrevista com o pai dos dois, Seu Reginaldo, ele conta que estava fora de casa no momento do ocorrido. “Estavam bebendo, começaram a discutir e, no meio disso, aconteceu essa fatalidade”, disse. Embora o pai afirmasse que, ocasionalmente, os dois se estranhavam, ele jamais imaginou que isso levaria a uma tragédia como essa.
O pai revelou ainda que, naquela noite, estavam presentes outros familiares, incluindo um dos filhos de Reginaldo, Cleiton. “Cleiton não pôde fazer nada para evitar o crime”, afirmou. Ele destacou a dificuldade de entender o que motivou a briga: “Não tenho ideia. Não estava em casa, estou separado há seis meses da mãe deles”, disse, visivelmente abalado.
Quando questionado sobre o comportamento do filho acusado, Reginaldo descreveu João Leandro como uma pessoa de natureza mais quieta, mas com um temperamento imprevisível. “Ele era calado, mas quem é assim, às vezes é o mais perigoso”, comentou. Ele também relatou que a vítima, Rejane, era uma mulher tranquila e batalhadora, sempre ajudando em casa e trabalhando no matadouro local, assim como o próprio acusado.
A grande dúvida que permanece é se João Leandro estava sob efeito de drogas no momento do crime. “Com certeza, a droga está acabando com ele”, disse Reginaldo, acrescentando que o filho consumia maconha e outras substâncias ilícitas.
Após o crime, o corpo de Rejane foi encaminhado ao IML de Caruaru. O pai da vítima, que está arrasado, espera pela liberação do corpo e lida com a dor de perder a filha para as mãos do próprio filho. “A família foi destruída”, disse Reginaldo, em meio a um imenso sofrimento.
O acusado já está preso e será apresentado em audiência de custódia. O clima de angústia e desespero é palpável na família, que tenta entender como um irmão pode tirar a vida de sua própria irmã, em uma noite que deveria ser de celebração.
Confira detalhes na reportagem de Adielson Galvão:
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