Morreu nesta sexta-feira (10) o radialista Anchieta Santos, símbolo da profissão no Sertão do Pajeú. Ele perdeu a luta contra um tumor no cérebro. Depois de sofrer com dores de cabeça constantes, o jornalista realizou exames em meados de junho que diagnosticaram o problema. Cerca de 15 dias depois ele se submeteu a uma cirurgia, realizada no dia 5 de julho no Hospital da Restauração em Recife.
Depois do procedimento o estado de saúde de Anchieta pouco evoluiu. Alternou entre estadias em leitos comuns e de UTI. Há cerca de uma semana sua transferência foi autorizada e o radialista voltou para Afogados da Ingazeira, onde morava, ficando internado no Hospital regional Emília Câmara, onde morreu por volta das 11h de hoje.
Na ativa desde os anos 70, Anchieta Santos foi um ícone do rádio, orgulho do Sertão quando mudou-se para Recife e protagonizou um embate contra outra lenda do rádio, Geraldo Freire. Da disputa pela audiência nasceu uma amizade bonita. Era comum, entre uma história e outra, ouvir Anchieta contar sobre as brincadeiras do colega.
Anchieta dominava com maestria os microfones no rádio e também nos palanques. Seu formato de locução e comunicação influenciou no surgimento de muitos outros comunicadores que trilharam os passos do mestre. Exigente, sincero e objetivo, Anchieta sempre opinava com os colegas sobre pontos que observava serem necessários de aprimoramento.
Como qualquer ser mortal, chega ao fim de sua jornada, mas sem dúvidas deixa a marca do compromisso, do zelo, da amizade e do profissionalismo.