A Amupe e a Alepe entraram em rota de colisão após o questionamento de um projeto de lei que propõe isenções no IPVA. A Amupe afirma que a medida, em debate na Assembleia Legislativa, pode retirar cerca de R$ 500 milhões anuais dos cofres municipais, afetando serviços essenciais como saúde, educação e assistência social.
A Alepe reagiu com uma nota pública, acusando a Amupe de agir politicamente em favor da governadora Raquel Lyra, já que o presidente da entidade, Marcelo Gouveia, é aliado da gestora. A Amupe rebateu, afirmando que a Assembleia tenta politizar um debate técnico e legítimo.
A entidade municipalista reforçou que sua atuação é apartidária e baseada em dados, em sintonia com a Confederação Nacional de Municípios, que também critica medidas de renúncia fiscal sem compensação. Para a Amupe, a proposta fere a sustentabilidade das finanças locais.
Marcelo Gouveia lamentou o tom político adotado pela Alepe e reafirmou que a entidade continuará defendendo os 184 municípios de Pernambuco com responsabilidade e diálogo. Ele já havia se posicionado contra outras medidas que, segundo ele, comprometem o equilíbrio fiscal das gestões municipais.