A federação formada por União Brasil e PP decidiu, nesta terça-feira (2), que seus filiados devem deixar os cargos que ocupam na gestão do presidente Lula. O anúncio partiu dos presidentes das duas siglas, Antonio Rueda (União) e Ciro Nogueira (PP), após entendimento de que a permanência no governo tornou-se politicamente inviável.
Os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte), ambos filiados, foram diretamente comunicados da decisão. Segundo interlocutores, a permanência deles se tornou insustentável e, caso resistissem, poderiam até perder a filiação partidária. Já Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações), apesar de integrarem a cota do União, não devem ser atingidos por não estarem filiados.
Outro ponto em aberto é a situação de Carlos Vieira, presidente da Caixa, visto como indicação do deputado Arthur Lira (PP-AL). A decisão de endurecer com o governo foi reforçada após reunião dos dirigentes com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, quando também se alinhou uma posição conjunta em defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.