Em sessão conjunta, o Congresso Nacional derrubou vetos de Lula que poderiam prejudicar milhões de brasileiros. Um dos mais polêmicos envolvia o Marco da Energia Offshore, que poderia impactar as tarifas de energia em até R$ 197 bilhões. Outro veto rejeitado restabelece a pensão vitalícia para crianças com microcefalia causada pelo vírus Zika, mostrando como o governo tentou cortar benefícios de alta sensibilidade social.
O Congresso também devolveu direitos a pessoas com deficiência, restabelecendo a dispensa da reavaliação periódica para beneficiários do BPC e do INSS. Outra derrota do Planalto foi a volta dos incentivos à importação de autopeças e a postos de GNL, importantes para manter empregos e reduzir custos na cadeia produtiva. Até o incentivo à pesquisa com seres humanos havia sido vetado pelo governo.
As decisões mostram o quanto Lula tem adotado posturas controversas: enquanto fala em “cuidar dos pobres”, veta direitos sociais, favorece interesses partidários e impõe mais custos à população. O Congresso, mesmo dividido, cumpriu seu papel de frear abusos e proteger os brasileiros mais vulneráveis, escancarando a contradição entre o discurso humanista do presidente e suas ações práticas.