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Governo Lula recebeu 15 vezes entidades suspeitas de fraudes no INSS

Desde o início do governo Lula (PT), representantes dos ministérios da Previdência Social, do Desenvolvimento Social e do INSS participaram de ao menos 15 reuniões com entidades investigadas por fraudes em benefícios previdenciários. As organizações são suspeitas de envolvimento no desvio de R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões, conforme apuração da operação “Sem Desconto”, da Polícia Federal.

Entre os envolvidos, estão a Contag, a AAPB e o Sindnapi, este último presidido por Frei Chico, irmão do presidente Lula. Segundo a CGU, cerca de 97,6% dos beneficiários com descontos em folha não autorizaram os débitos. As reuniões ocorreram entre 2023 e 2025, sendo oito com a presença direta de ministros e do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que pediu demissão após a operação.

A entidade mais recebida foi a Contag, com participação em 13 dos encontros. Em nota, afirmou que tratou de temas como segurança nos descontos, fila do INSS e perícias médicas. O Sindnapi também esteve presente em uma reunião com Stefanutto, em 2023. A CGU aponta que muitas dessas entidades não tinham estrutura nem autorização formal dos beneficiários para os descontos realizados.

O governo federal informou que suspendeu os acordos com 11 dessas entidades e orientou que aposentados podem cancelar os descontos pelo site ou aplicativo “Meu INSS”. A PF investiga crimes como corrupção, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e organização criminosa, tendo apreendido bens de luxo durante a operação.

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