O governo federal apresentou uma proposta para ampliar a Tarifa Social de Energia Elétrica e beneficiar até 60 milhões de brasileiros. A ideia é zerar a conta de luz para famílias que estão no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais) e consomem até 80 kWh por mês. Já famílias com renda entre meio e um salário mínimo por pessoa e consumo de até 120 kWh por mês devem ter desconto de cerca de 12% na conta.
Atualmente, quem está no CadÚnico já pode receber desconto na conta de luz. Esse benefício também vale para famílias com renda de até três salários mínimos, desde que tenham pessoas com deficiência que usem equipamentos que consomem energia, e para idosos e pessoas com deficiência que recebem o BPC. A novidade da proposta é aumentar o número de pessoas atendidas e melhorar os descontos.
Segundo o governo, o custo estimado da nova medida é de R$ 4,45 bilhões por ano, mas o dinheiro não viria do orçamento público. Em vez disso, o governo quer cortar subsídios hoje dados para energia solar e eólica, que somam cerca de R$ 10 bilhões por ano. Especialistas, no entanto, alertam que isso pode gerar um aumento de até 2% na conta de luz dos consumidores que não recebem o benefício. A proposta ainda pode sofrer mudanças antes de ser enviada ao Congresso.