O jornal Estadão publicou um editorial nesta quinta-feira (4) que escancara o que muita gente já sente na pele: o governo Lula está tratando o dinheiro público com total desprezo e falta de responsabilidade.
Na última terça (2), era pra o governo apresentar o plano de como vai gastar e arrecadar em 2026. Mas os dois principais ministros da área econômica — Fernando Haddad, da Fazenda, e Simone Tebet, do Planejamento — nem apareceram. Fugiram da responsabilidade e mandaram a desculpa esfarrapada de “problemas de agenda”.
E o motivo dessa fuga é claro: o buraco nas contas é gigante. O governo promete um superávit, ou seja, terminar o ano com dinheiro sobrando. Mas faltam quase R$ 120 bilhões pra isso acontecer. Ninguém sabe de onde esse dinheiro vai sair, e o governo também não explicou.
O mais grave é que tudo indica que Lula quer empurrar o problema até 2026, ano de eleição, e deixar a bomba estourar em 2027. O próprio documento do governo mostra que, a partir de 2027, vai faltar dinheiro até pra manter os serviços básicos funcionando.
Enquanto isso, os deputados e senadores continuam com poder demais sobre o Orçamento. Podem decidir o destino de 25% das despesas livres — algo que em outros países não passa de 2%. Aqui, é uma farra com o dinheiro público.
O Estadão foi direto: o Brasil virou uma exceção negativa. Em vez de ajustar as contas, Lula prefere prometer programas sociais que o governo não tem como pagar, e ainda inventa jeitinhos — desvia verba, cria fundos “maquiados”, corta de um lado pra gastar do outro.
Mais de 90% do orçamento já está comprometido com dívidas, aposentadorias e salários. E com o salário mínimo previsto pra subir em 2026, o gasto com Previdência vai crescer ainda mais. A conta não fecha.
E o mais revoltante: o STF, que deveria agir como fiscal do bom uso do dinheiro público, tem feito vista grossa. Acaba servindo mais pra proteger o governo do que pra proteger a população.
Quem paga o preço desse descontrole? É o povo trabalhador. Gente que depende de saúde pública, educação, segurança, emprego… Mas pra essa gente, o governo fecha os olhos. E pior: tenta esconder a verdade.