O relatório intitulado “Violência Contra os Povos Indígenas”, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), revela que o número de indígenas mortos por omissão das ações do governo Lula foi de 1.331 em 2023, um aumento de quase 30% em relação às 1.026 mortes registradas em 2022. Em julho deste ano, o CIMI também destacou um crescimento de 24,5% no número de mortes de crianças indígenas no ano passado. Ao todo, a entidade contabilizou mil mortes em 2023, com o Amazonas (295), Roraima (179) e Mato Grosso (124) figurando como os estados com o maior número de óbitos. Este é o total mais elevado desde 2003.
De acordo com o CIMI, as mortes de crianças de 0 a 5 anos, decorrentes de suicídios e da falta de assistência à saúde, podem ser diretamente relacionadas à negligência do atual governo. A entidade informa que, até o momento, o maior número registrado havia sido em 2019, com 965 mortes de crianças durante o primeiro ano da administração Bolsonaro. Agora, o CIMI destaca 670 mortes de crianças por causas evitáveis, incluindo 143 por gripe e pneumonia; 88 por diarreia e doenças infecciosas intestinais; 57 por desnutrição; 55 por infecções perinatais; e 44 por síndrome de aspiração neonatal.