Depois de muitas ameaças de deixar o PT, o ex-prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, aproveitou um cenário de dificuldade de se eleger a deputado estadual e saiu da legenda, contudo mantinha sua influencia sobre a gestão de Márcia Conrado, eleita com seu apoio.
Acontece que a presença incessante de Luciano sufocou Márcia [assim como foi Carlos Evandro com o próprio Duque] e o racha foi se desenhando dia após dia. Se havia o desejo da atual prefeita de jogar para longe o “sapo de pé de pote”, o mote para justificar o rompimento veio justamente quando ele deixou o PT e migrou para o Solidariedade de Marília, ou seja, fazendo o mesmo movimento que a neta de Miguel Arraes.
Duque anunciou apoio total a Marilia e faz duras críticas, merecidas neste caso, ao modo como seu antigo partido conduziu o processo de sucessão sempre “escanteando” Marilia, apesar do seu potencial aferidos pelas pesquisas de intenção de voto. Márcia pegou a deixa e assumiu a figura de principal liderança do PT e garantiu a Humberto Costa [o xerifão do PT no estado] que marchará com o pré-candidato da Frente Popular, Danilo Cabral.
Apesar do patrulhamento do PT em cima dos integrantes do seu quadro no sentido de obrigatoriamente apoiarem Danilo, basta ver o modo com expulsou o prefeito de Orocó, George Gueber, que declarou apoio a Miguel, as lideranças do PT em Serra Talhada estão inclinadas a acompanharem Luciano Duque e não Márcia Conrado. A estratégia de Cleonice Maria, Presidente do PT no município, pelo menos até o momento, é manter o silêncio. A continuar assim, o destino deve ser o mesmo de Gueber: a vala dos chamados traidores.